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Estado de Minas

Moradores do Sion querem apoio do MP para impedir remoção de fícus

Aquecimento da construção civil também reduz áreas verdes da cidade.


postado em 21/11/2011 06:18 / atualizado em 21/11/2011 15:34

O engenheiro eletricista Eduardo Queiroz e o fícus ameaçado em frente ao Parque JK, na Região Centro-Sul da capital, onde o crescimento avança: ''É cada vez mais importante manter um exemplar deste porte'' (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
O engenheiro eletricista Eduardo Queiroz e o fícus ameaçado em frente ao Parque JK, na Região Centro-Sul da capital, onde o crescimento avança: ''É cada vez mais importante manter um exemplar deste porte'' (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Senhora quase centenária e de porte avantajado, ela se transformou em bandeira de luta no entorno do Parque Juscelino Kubitschek. Moradores do Bairro Sion, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, abraçaram uma Ficus elastica, conhecida também como borracheira ou figueira- branca, e recorrem até ao Ministério Público (MP) estadual para impedir o corte da árvore. O espécime, situado em terreno particular com cerca de 10 mil metros quadrados, está ameaçada pela construção de um prédio na área localizada em frente ao Parque JK.

A exemplo do movimento que conseguiu evitar, na semana passada, a derrubada de uma sete-cascas na Praça da Savassi, a comunidade pretende garantir a preservação da árvore, que acredita ser sinônimo de qualidade de vida. A copa de mais de 10 metros dá ideia da magnitude da árvore. “Numa cidade cada vez mais verticalizada, é cada vez mais importante manter um exemplar deste porte, fundamental para a manutenção do microclima da região”, afirma o engenheiro eletricista Eduardo Queiroz, síndico do prédio ao lado do terreno onde está a árvore.

Os moradores do condomínio se uniram e apresentaram representação à Promotoria de Meio Ambiente, Arquitetura e Urbanismo do MP, na esperança de impedir a derrubada, já autorizada pela prefeitura. “Demos a autorização, porque a construtora tem direito de construir no terreno e a árvore tem prazo de validade. A manutenção, nesse caso, iria comprometer o projeto. Mas haverá a compensação ambiental, com o plantio de seis mudas”, afirma o gerente de autorizações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sérgio André de Souza Oliveira.

A justificativa não convence os moradores. “Se o impedimento é por causa de um direito em área privada, não poderia haver tombamento de patrimônios particulares. Por que isso não ocorre no caso de uma árvore?”, questiona Queiroz, que recebeu por meio de uma carta da construtora Even a notícia do corte. Em nota, a Even se limita a informar que “suas atividades ocorrem em conformidade com as leis vigentes e que não comenta projetos em desenvolvimento”. O MP ainda não analisou a representação dos moradores.

No caso de árvores em áreas particulares, a prefeitura só autoriza o corte mediante avaliação e, a cada supressão, é necessário fazer a reposição ambiental, de acordo com a Deliberação Normativa 67. Em caso de exemplares com até três metros, duas mudas deverão ser plantadas. Aquelas com a mesma altura e proteção legal correspondem a quatros mudas. Entre três e nove metros, a exigência é de quatro mudas e, para aquelas com a mesma altura e proteção legal, seis mudas. Árvores com mais de nove metros equivalem a seis mudas. A supressão de exemplares com mais de nove metros e com proteção legal deve ser compensada com o plantio de 15 mudas. (FA)


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