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Estado de Minas

Advogado pede revogação de prisão de torcedores da Galoucura

Durante depoimento na tarde desta sexta-feira, uma das testemunhas reconheceu os integrantes como os agressores do cruzeirense Otávio Fernandes, morto ano passado na Savassi


postado em 11/11/2011 19:41 / atualizado em 11/11/2011 20:50

O advogado Dino Miraglia Filho entregou um pedido de revogação da prisão dos sete integrantes da Galoucura acusados de terem agredito até a morte o cruzeirense Otávio Fernandes, durante uma briga na Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, no ano passado. O documento foi entregue ao juiz na tarde desta sexta-feira durante a audiência de instrução e julgamento do caso. “Que o fato existiu não era dúvida para ninguém, mas a prova contra meus clientes ficou cada vez mais fraca em razão dos depoimentos das testemunhas”, afirmou o defensor.

Ao todo, foram convocadas 15 testemunhas, todas de acusação. Entre eles estavam Rodrigo Marques de Oliveira, Leandro Zanandrez Freitas e Everaldo Wallysson Marques, que também foram espancados juntamente com Otávio.

Rodrigo Marques de Oliveira, de 32 anos, declarou que foi atacado pelos integrantes da torcida organizada que acompanhavam um torneio de vale-tudo em um ginásio poliesportivo da região. Ele afirmou que perdeu o movimentos de um dos braços por causa dos golpes que recebeu. Como trabalhava como motoboy, a falta dos movimentos impossibilitou de continuar no emprego.

Mesmo com a afirmação da testemunha, Dino Miraglia está confiante. “De todas as testemunhas ouvidas, apenas ele disse que foram eles os agressores. Estamos muito esperançosos porque a verdade está aparecendo”, disse o advogado.

O assistente de acusação, Marco Antônio Siqueira, também se mostrou satisfeito com os depoimentos. “A acusação está confiante e a expectativa é de que os torcedores da Galoucura serão pronunciados, levados ao banco dos réus e condenados”, afirmou Siqueira.

Prisão

A Justiça mineira expediu 12 mandados de prisão contra os acusados. O presidente da torcida organizada, Roberto Augusto Pereira, o Bocão, o vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, além do diretor Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, João Paulo Celestino de Souza, conhecido como Grilo, e Cláudio Henrique Souza Araújo, o Macalé, se entregaram em outubro.

Um dos acusados foi localizado no presídio de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Carlos Eduardo Vieira dos Santos, de 21 anos, estava preso desde julho deste ano. A última prisão ocorreu no fim do mês passado no Bairro Santa Cruz Industrial, em Contagem. Windsor Luciano Duarte Serafim, 35 anos, também conhecido como Rato, foi reconhecido por um policial militar quando passava pela Rua Córdoba. Outros cinco torcedores seguem foragidos.

Entenda o caso

O crime ocorreu em 27 de novembro do ano passado, depois que um grupo de atleticanos saiu de um ginásio poliesportivo na Avenida Nossa Senhora do Carmo, onde acompanhava um torneio de vale-tudo. As imagens foram capturadas por câmeras de segurança de um shopping ao lado do complexo. Além de Otávio, três cruzeirenses foram agredidos, mas sobreviveram aos ferimentos.

Os integrantes da torcida organizada foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais por formação de quadrilha, tentativa de homicídio qualificado e homicídio qualificado. A Justiça decretou a prisão preventiva do presidente da Galoucura, Roberto Augusto Pereira, o Bocão, do vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, além dos diretores Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, Josimar Júnior de Souza Barros, o Avatar, e Mateus Felipe Magalhães, o Tildan, e de mais sete torcedores. Os cinco primeiros chegaram a cumprir prisão preventiva por 30 dias, mas foram libertados em 12 de janeiro.

Confira as imagens da agressão
 


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