Os sete membros da Galoucura que foram presos acusados da morte do cruzeirense Otávio Fernandes, no fim de 2010, foram levados ao Fórum Lafayette para a primeira audiência de instrução sobre o caso, que completa um ano neste mês. Eles estão na carceragem do prédio. De acordo com a assessoria de imprensa do Fórum Lafayette, 15 testemunhas foram convocadas, todas de acusação, mas algumas podem não depôr no Segundo Tribunal do Júri. Uma nova audiência com as testemunhas de defesa será convocada posteriormente. Após a fala das testemunhas, existe a possibilidade de que os réus sejam ouvidos.
Um dos acusados foi localizado no presídio de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Carlos Eduardo Vieira dos Santos, de 21 anos, estava preso desde julho deste ano. A última prisão ocorreu no fim do mês passado no Bairro Santa Cruz Industrial, em Contagem. Windsor Luciano Duarte Serafim, 35 anos, também conhecido como Rato, foi reconhecido por um policial militar quando passava pela Rua Córdoba.
Entenda o caso
O crime ocorreu em 27 de novembro do ano passado, depois que um grupo de atleticanos saiu de um ginásio poliesportivo na Avenida Nossa Senhora do Carmo, onde acompanhava um torneio de vale-tudo. As imagens foram capturadas por câmeras de segurança de um shopping ao lado do complexo. Além de Otávio, três cruzeirenses foram agredidos, mas sobreviveram aos ferimentos.
Os integrantes da torcida organizada foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais por formação de quadrilha, tentativa de homicídio qualificado e homicídio qualificado. A Justiça decretou a prisão preventiva do presidente da Galoucura, Roberto Augusto Pereira, o Bocão, do vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, além dos diretores Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, Josimar Júnior de Souza Barros, o Avatar, e Mateus Felipe Magalhães, o Tildan, e de mais sete torcedores. Os cinco primeiros chegaram a cumprir prisão preventiva por 30 dias, mas foram libertados em 12 de janeiro.