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Estado de Minas

Começa o escoramento de prédio interditado no Buritis

A Estrutura Engenharia e Construção foi autorizada a escorar o prédio na quarta-feira e começou os trabalhos nesta manhã


postado em 10/11/2011 09:21 / atualizado em 10/11/2011 14:15

As toras de eucalipto utilizadas na escora chegaram no fim desta manhã(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A.Press)
As toras de eucalipto utilizadas na escora chegaram no fim desta manhã (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A.Press)


O escoramento do edifício Vale dos Buritis começou na manhã desta quinta-feira. A empresa Estrutura Engenharia e Construção traz novas esperanças de que os moradores, retirados de seus apartamentos no dia 23, possam recuperar seus pertences. Segundo a construtora, os trabalhos começaram às 8h e por volta de 10 horas vão chegar as toras de eucalipto que serão usadas na escora.

A Defesa Civil de Belo Horizonte confirmou nessa quarta-feira a liberação da área interditada, na Rua Laura Soares Carneiro, no Bairro da Região Oeste da capital, para que a empresa Estrutura Engenharia e Construção instale escoras no prédio, que ameaça desmoronar. O outro edifício afetado, o Art de Vivre, já vem recebendo o escoramento desde a semana passada, segundo a Construtora Podium, responsável pelo imóvel e pela obra de contenção nos fundos do terreno.

(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A.Press)
(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A.Press)


Entenda o caso

22/10
O Condomínio do Edifício Vale dos Buritis, de três andares, na Rua Laura Soares Carneiro, no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte, é interditado no fim da tarde. Moradores chamaram a Defesa Civil municipal por temer um desmoronamento com o início do período chuvoso, já que havia trincas nos cômodos e no muro do 1º andar.

23/10
Cinco famílias são notificadas a deixar o Vale dos Buritis. Dois prédios vizinhos também são interditados: o Art de Vivre, onde quatro famílias moravam, e outro ainda em construção.

24/10
Justiça determina que construtora inicie as obras de revitalização do Vale dos Buritis em 24 horas, tomando como base a avaliação da Defesa Civil de que os prédios são impróprios para habitação. Representantes do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-MG) fazem visita ao local e atestam o problema, mas informam que apenas um laudo pericial iria indicar a real situação. Responsável pela Estrutura Engenharia informa que edifício nunca teve problemas estruturais e que reformas foram feitas quando surgiram as primeiras rachaduras.

25/10
Prédios são lacrados e moradores impedidos até de pegar objetos pessoais. A suspensão é determinada pela Defesa Civil depois de nova vistoria que constata agravamento da situação. Trincas e rachaduras são descobertas nos pilares. O risco de desabamento é iminente.

26/10
Defesa Civil emite alerta de pancadas de chuva na capital e aumenta a apreensão dos moradores donos dos apartamentos. Encostas dos fundos dos prédios são cobertas por lonas na tentativa de evitar deslizamentos de terra. Construtora desiste de recorrer da decisão judicial e informa que vai enviar equipe ao local para avaliar a necessidade de reparos.

27/10
Moradores denunciam que apartamentos foram saqueados durante a madrugada. Casas ao redor também são condenadas pela Defesa Civil, que amplia área interditada para passagem de pedestres e veículos. Para cumprir ordem judicial, Estrutura Engenharia solicita autorização da Defesa Civil para fazer obras de estabilização. Depois de madrugada de temporais em BH, coronel Alexandre Lucas, coordenador da Defesa Civil, visita prédios e conclui que perigo aumentou e Vale dos Buritis teria se afastado mais um palmo da rua.

28/10
Risco de deslizamento do barranco atrás dos edifícios aumenta. Defesa Civil ordena que casa e prédio que ficam na Avenida Protásio de Oliveira Penna sejam evacuados. Ao todo, 14 famílias saíram de suas residências. Equipamentos conhecidos como inclinômetros são instalados no interior do edifício para acompanhar o grau de movimentação

29/10
Construtoras responsáveis pelos prédios – Estrutura e Podium – contratam empresas para avaliar movimentação do terreno e saber quanto os edifícios estão inclinando. Defesa Civil faz nova inspeção e moradores contratam vigilância privada para coibir novas invasões. Moradores são informados de que na terça-feira devem poder entrar nos apartamentos para pegar os pertences.

31/10
Tribunal de Justiça de Minas Gerias (TJMG) determina que construtora deve pagar moradia provisória a moradores de prédio Vale do Buritis. As famílias podem buscar um imóvel semelhante, na mesma região, com um limite mensal de R$ 1,5 mil, valor que será custeado pela construtora.

08/11
Laudo diz que prédios no Buritis têm que ser escorados para permitir perícia. O laudo feito pelas construtoras não apontou qual será o destino dos prédios e indicou os problemas externos como os causadores das avarias

09/11
Defesa Civil autoriza escoramento dos prédios interditados do Bairro Buritis, o que trouxe esperanças de que os moradores, retirados de seus apartamento no dia 23, possam recuperar seus pertences


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