Em audiência, motorista que provocou tragédia no Anel de BH volta a negar imprudência

O motorista Leonardo Faria Hilário, de 24 anos, que dirigia a carreta que causou uma tragédia no Anel Rodoviário, em janeiro deste ano, foi ouvido nesta segunda-feira pela Justiça. No acidente, cinco pessoas morreram e 12 ficaram feridas. Em depoimento no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Leonardo negou novamente  que estivesse dirigindo o veículo em alta velocidade. Ele alegou que perdeu o freio e não conseguiu parar, mesmo depois de tentar acionar o freio motor, lonas e alavancas.

Um taxista que trafegava pela via no momento do acidente também foi ouvido. A testemunha afirmou que viu a carreta se aproximando em alta velocidade e desviou para a pista central do Anel Rodoviário. Ao ser ultrapassado, percebeu que o veículo de carga estava sem freio e o motorista tentava desviar dos outros veículos fazendo manobras bruscas.

O taxista afirmou que tentou alertar os veículos que seguiam na via, mas não conseguiu acompanhar a velocidade da carreta.

Para o advogado de Leonardo, Geraldo Washington Batista Júnior, os depoimentos foram produtivos e favoreceu o seu cliente. “A verdade foi dita. Todas as testemunhas informaram que ele não teve nenhuma culpa no acidente e que tentou evitar as batidas”, afirmou o advogado, que dispensou todas as testemunhas de defesa.

O juiz estipulou o prazo de cinco dias para acusação e defesa apresentarem as alegações finais. Depois das argumentações, o magistrado irá decidir se o motorista vai ou não a júri popular.