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Estado de Minas

Belo Horizonte fica fora das 10 capitais com maior número de casos de hepatite


29/07/2011 11:59 - atualizado 29/07/2011 14:01

Belo Horizonte aparece na 16ª posição no ranking das capitais brasileiras com maior números de casos de hepatite registrados em 10 anos. Segundo o estudo divulgado pelo Ministério da Saúde, nessa quinta-feira, a capital mineira registrou, entre 2000 e 2010, 798 casos da doença dos tipos A,B e C.

Os dados nacionais são preocupantes. Em 2000, foram constatadas 340 mortes por hepatite C, contra 1.932, em 2010, um acréscimo superior a 460%. Dos mais de 14 mil óbitos causados por esse tipo da doença nos últimos dez anos, quase 60% ocorreram na Região Sudeste, o equivalente a 8.672 registros. Os homens são a maioria das vítimas.

Na Região Sudeste, Belo Horizonte só ganha de Vitória, a capital do Espírito Santo, em número de casos registrados. São Paulo, com 3. 718 casos, e Rio de Janeiro, com 2.092, encabeçam a lista.

Números altos

Em uma década, as hepatites virais mataram mais de 20 mil pessoas no Brasil. De 2000 a 2010, foram registradas 20.771 mortes causadas diretamente pelos cinco tipos de hepatite (A,B,C,D e E). Mais de 70% delas foram provocadas pela hepatite tipo C, a mais agressiva, o equivalente a 14.873 mortes.

A transmissão ocorre pelo contato com sangue ou secreções contaminadas pelo vírus, por exemplo, durante a relação sexual sem o uso de preservativos e objetos cortantes, como alicate de unha e equipamentos usados em tatuagem e piercing.

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apesar dos altos números, a prevalência da doença é considerada de baixa a intermediária no Brasil em comparação com outros países.

Para conter o avanço da doença, o governo federal mudou as regras para o tratamento da doença na rede pública, o que permite o prolongamento da terapia. A partir de agosto, serão disponibilizados testes rápidos, com capacidade de diagnosticar a hepatite em 30 minutos. Atualmente, o resultado demora cerca de 15 dias.

Em 2011, a vacina contra a hepatite B foi ampliada para jovens com até 24 anos. No ano que vem, a faixa etária passará para até 29 anos. O ministro alertou que a população deve começar a prevenir a doença dentro de casa, evitar o uso comum de objetos, como lâmina de barbear ou alicate de unha.

“Estudos detalhados da presença da hepatite C em pequenas comunidade mostram alta concentração em membros de uma mesma família, com faixas etárias diferentes. Isso sinaliza a possibilidade de que a transmissão ocorreu dentro de casa com o uso de utensílios e materiais. O pai que ensina o filho a fazer a barba com a mesma lâmina de barbear ou a mãe e filha usam o mesmo alicate”, disse o ministro.


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