No dia 20, veículos pesados, com capacidade para até 60 toneladas, poderão transitar nos dois sentidos pelas pontes metálicas provisórias que começam a ser montadas na Rio das Velhas, na BR-381, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O compromisso é dos oficiais de engenharia do Exército, que começam nesta segunda-feira a montagem da estrutura. As peças da primeira ponte, trazidas em comboio vindo do Rio de Janeiro, chegaram à beira do rio no sábado à noite. No domingo, o trabalho principal dos militares do Batalhão da Escola de Engenharia do Exército foi descarregar os cinco caminhões que trouxeram a estrutura, mas também fizeram análises topográficas, mediram as angulações da área e começaram a nivelar o terreno.
Segundo o capitão Hermes Faiolo, chefe da equipe, as duas pontes – de mão e contramão – estarão liberadas para o trânsito no dia 20. Militares do Exército vindos do Sul do país, de um batalhão de Porto União, em Santa Catarina, trarão os equipamentos para a construção da segunda estruturas. Cerca de 60 soldados devem iniciar a viagem, que dura dois dias, até terça-feira. Assim, na quinta-feira, as peças deverão chegar à Sabará.
As obras do pilar de uma das margens do Rio das Velhas ainda estão em fase final, mas já podem receber a estrutura metálica. As peças são de encaixe e poderão suportar carretas de até 60 toneladas. Até que a segunda ponte provisória esteja montada, o trânsito na ponte deverá funcionar em sistema de “pare e siga”, beneficiando o motorista que vem na direção contrária. De acordo com o capitão Faiolo, o prazo é de 10 dias para a liberação da primeira ponte e foi estipulado de acordo com o período necessário para a empresa de engenharia contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) concluir a construção do pilar da outra margem, que ainda não está pronto. Ontem, funcionários trabalhavam no local.
Sem pilares
“A ponte LSB é biapoiada e não precisa de pilares de sustentação no meio do rio. O que atrasou nossa vinda foi a construção dos pilares das margens, que não estão prontos. A estrutura é montada por encaixe e os painéis metálicos são empurrados para o meio do rio, até chegar à margem oposta. O planejamento desta ponte foi feito para suportar cargas pesadas, mas devemos respeitar alguns cuidados: os veículos terão que passar um por vez e também deverão manter velocidade contínua de 20 a 30 Km/hora, sem frear sobre a estrutura”, explicou o oficial.
A ponte será montada entre a passagem de pedestres e as fundações para a construção da ponte definitiva de cimento. Ela ficará a cinco metros de altura do leito do rio e os operadores farão inspeções diárias na estrutura. No período de montagem, dois guindastes vão auxiliar os trabalhos. Os 64 militares que vieram do Rio estão alojados no 12° Batalhão de Infantaria no Barro Preto, no Centro, mas uma equipe permanece na rodovia, para cuidar do material da obra. “Deixamos o quartel às 6h30 e começamos a trabalhar por volta das 7h. Enquanto tiver luz, estaremos aqui montando a ponte. Nosso prazo até seria menor, se os pilares de cimento já estivessem prontos”, disse o capitão.