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Estado de Minas

Dnit anuncia pacote emergencial de obras nas ruas de cidades sacrificadas com desvios

Custo da nova estrutura será de, no mínimo, R$ 50 milhões


postado em 30/04/2011 07:00 / atualizado em 30/04/2011 07:04

A Avenida Beira Rio, em Santa Luzia, que desde o dia 20 conta com tráfego intenso de caminhões e ônibus, terá prioridade para receber melhorias (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
A Avenida Beira Rio, em Santa Luzia, que desde o dia 20 conta com tráfego intenso de caminhões e ônibus, terá prioridade para receber melhorias (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou nesa sexta-feira um pacote de medidas para enfrentar a situação de emergência na ponte no Rio das Velhas, no km 454 da BR-381, em Sabará, na Grande BH. Em reunião na capital com prefeitos e representantes de cidades que mais sofrem com os desvios, o diretor-geral da autarquia, Luiz Antônio Pagot, se comprometeu a recuperar estragos em estradas e ruas usadas como desvios. Ele anunciou a disputa por três empresas do contrato para construção de uma nova ponte, confirmando que os transtornos só serão aliviados depois da montagem das pontes metálicas pelo Exército. A nome da vencedora da licitação será publicado na terça-feira.

O diretor-geral explicou que a legislação permite ao órgão fazer intervenções em estradas estaduais, vicinais e vias urbanas em casos de emergência. O Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) já trabalha no levantamento das vias que precisam de reparos. Pagot citou a Avenida Beira Rio, em Santa Luzia, como uma das que receberão melhorias.

Outro problema é o trânsito caótico que se instalou em Sabará, Santa Luzia e Caeté. Na segunda-feira, encontro entre representantes do Conselho-Geral de Operações do Dnit, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), da BHTrans, do DER e da Confederação Nacional do Transporte (CNT) discutirão a formação de um conselho gestor para controlar todas as ações ligadas à interdição da ponte, inclusive criar novas rotas para veículos pesados e ônibus.

Empresas do Distrito Industrial Simão da Cunha, em Santa Luzia, denunciaram nessa sexta que estão ilhadas depois que a PMRv proibiu a circulação de caminhões no desvio de Santa Luzia. “Estamos impedidos de receber ou despachar as mercadorias”, afirmou Paulo Garcia, gerente comercial da empresa Estrutural.

Recursos

Pagot informou que, para se adequar ao prazo de seis meses, o Dnit optou pela construção de uma ponte mista, com pilares afastados e estacas cravadas, além de vigas mestras de aço. As empresas M. Martins, Egesa e Fidens disputam o contrato de, no mínimo, R$ 50 milhões para a nova estrutura. Os valores finais ainda não foram divulgados. A previsão inicial era de liberação de R$ 30 milhões. O aumento dos gastos se deve à execução de trabalhos fora dos planos. O Dnit terá de aterrar as margens do Rio das Velhas e colocar quatro blocos de concreto, de sete metros de largura por sete de comprimento, que servirão de base para as pontes metálicas do Exército.

As obras de recuperação das rodovias estaduais, estradas vicinais e ruas de cidades afetadas serão contempladas no contrato emergencial, assim como a contratação de agentes de fiscalização. Inicialmente, a empreiteira ficaria responsável pela demolição da estrutura condenada, a construção da nova ponte e de uma passarela para pedestres, que, de acordo com Pagot, ficará pronta em 30 dias.

Culpa

O diretor-geral exigiu o Dnit de culpa pelo problema na ponte da BR-381. “A ponte no Rio das Velhas não estava no rol das que precisariam de intervenções”, afirma Pagot. Explicou que duas obras de recuperação feitas na estrutura da ponte, uma há 12 anos e outra há oito. O diretor ameniza o fato de inspeções recentes não terem detectado problemas e da inexistência de análises na estrutura submersa. “O rio tem um leito formado por seixo e as sapatas da estrutura ficaram descalças. Nos últimos quatro anos, de todos os problemas com pontes, só dois foram debaixo d’água”, argumenta. Ele aponta a idade da ponte, construída há 57 anos, como outro fator complicador, pois, à época da construção, ela suportava caminhões com no máximo quatro toneladas de carga. Hoje, é comum carretas com 70 toneladas cruzarem a rodovia e o volume diário de veículos naquele trecho da BR-381 chega a 50 mil.

Pagot negou que a ponte do Rio das Velhas esteja fora do Proarte, programa que investirá R$ 5,8 bilhões na recuperação de obras de arte de rodovias federais. Ele lembrou que o projeto de duplicação da BR-381 já contemplava mudanças na ponte, mas não soube explicar quais.


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