Professores da rede particular de Belo Horizonte e representantes do sindicato patronal (Sinep/MG) vão se reunir na sexta-feira para avaliar a proposta feita pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT/MG) na manhã desta quinta-feira. Os professores estão em greve desde 22 de março. Eles vêm pressionando os patrões por um reajuste.
Além disso, a proposta prevê a criação de uma comissão intersindical para definir, no prazo de 90 dias, as questões relacionadas ao seguro de vida, à regulamentação da educação a distância e à mudança da data-base para 1o de abril.
Os professores fazem uma assembleia na sexta-feira, às 9h, na Faculdade de Medicina da UFMG, para ver se aprovam a proposta. Inicialmente eles pediam um reajuste salarial de 12%, regulamentação da educação à distância, equiparação do piso da educação infantil (de 0 a 3 anos) ao do ensino fundamental (1º ao 5º ano), eleição de delegados sindicais a cada 50 trabalhadores na instituição de ensino.
“Nós achamos que é uma proposta intermediária. Não é o que o queríamos, mas pode ser que seja aprovado. Vamos esperar a resposta do sindicato patronal para depois tomar uma decisão”, disse o presidente do Sinpro Minas, Gilson Reis, que completou. “Se o sindicato patronal aprovar a proposta na íntegra, a greve pode acabar”, afirma.
Os donos das escolas também prometeram se reunir nesta sexta-feira para avaliar a proposta. Eles ofereciam reajuste de 7,5%. Segundo o Sinep-MG, o aumento de 12% é inviável para escolas do interior de Minas. Um reajuste como esse poderia comprometer o funcionamento das escolas menores e ameaçar a existência das instituições.
Manifestação
Durante a manhã desta quinta-feira, dezenas de professores fizeram manifestação em frente a Superintendência Regional do Trabalho, na Rua Tamoios, no Centro de Belo Horizonte.
