“Quem mora no tradicional trecho da Avenida Afonso nas proximidades da Rua Piauí já se acostumou a ouvir na madrugada a gritaria de prostitutas e travestis que ganham a vida nos arredores. Estamos acostumados à imundície, a caminhar pela calçada evitando pisar em poças de urina, montes de fezes e dezenas de preservativos usados, deixados pelos donos da madrugada naquele quarteirão. Não é raro aos desavisados que por ali passam depois das 22h avistar cenas de sexo dentro dos carros, às vezes na própria rua, enquanto outras pessoas se drogam. Também há figuras ainda mais sombrias, como cafetões e traficantes, que exploram os que se prostituem neste pedaço do nobre e tradicional Bairro Funcionários. Tivemos de nos acostumar também ao som ensurdecedor de funks, trances e axés, lançado por poderosos alto-falantes dos carrões de entediados e endinheirados rapazes que também frequentam as madrugadas das calçadas da Afonso Pena, em busca de uma dose a mais de diversão.
J.C., morador de edifício vizinho, que assistiu à execução