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Estado de Minas

Justiça procura 68 mil veículos em Minas


postado em 20/02/2011 07:04 / atualizado em 20/02/2011 08:07

Levantamento divulgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ/MG) mostra que, em dezembro de 2010, havia 68.684 carros com mandados de busca e apreensão no estado, sendo 21.722 na Região Metropolitana de Belo Horizonte e 12.240 deles na capital. Em comparação com o mesmo período de 2009, houve aumento de mais de 4 mil veículos com restrição judicial em todo o estado. Os processos abrangem desde a inadimplência de consumidores que não conseguiram pagar as dívidas e casos de estelionato a mandados expedidos por outras situações criminais.

Para o presidente da Associação dos Revendedores de Veículos do Estado de Minas, Rodrigo Souki, o estelionato não é só um problema das financeiras. Segundo ele, as instituições bancárias mantêm uma relação mais próxima com as concessionárias e, em caso de golpes, o prejuízo é solidário.

“Esses casos de estelionato ocorrem dentro da inadimplência, mas a nossa vigilância está maior. Sabemos que sistema das financeiras já acusa quando a ficha passa mais de uma vez com o mesmo CPF ou em situações onde não se consegue confirmar os dados do cliente. E nós também estamos mais atentos. Havia casos, por exemplo, de funcionários que diziam que vinham buscar contrato para o empresário assinar, ou filhos que queriam levar o documento para a mãe, que oficialmente pagaria o carro. Não aceitamos mais que os contratos de financiamento sejam assinados fora da loja e instalamos câmeras em todo o shopping de veículos para coibir a ação dos estelionatários, que não querem mostrar o rosto”, afirma Rodrigo.

O delegado Ramon Sandoli, coordenador de Operações Especiais do Detran/MG, admite que, neste tipo de crime, é difícil chegar aos autores, mas garante que as investigações estão adiantadas. “Eles usam celular com chip comprado em jornaleiro, nome e e-mails falsos nos anúncios na internet e só trabalham com dinheiro à vista, mas estamos conseguindo rastreá-los”, afirma o delegado. Segundo ele, as empresas demoram a pedir à Justiça o mandado de busca e apreensão e dificilmente repassam à polícia informações sobre fraudes que sofrem, o que prejudica a investigação.

Procuradas, as financeiras Santander e Itaú Unibanco não quiseram se pronunciar. A BV Financeira informou que, numa carteira com 4 milhões de clientes, a inadimplência nos contratos de veículos está abaixo do mercado. Por meio de sua assessoria, o banco informou que os casos de golpe são inexpressivos e que, comprovando-se a fraude, como o uso de dados de terceiros e documentos falsos para análise de crédito, a empresa instaura um processo e entra na Justiça com um pedido de busca e apreensão do carro.


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