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Estado de Minas Moda

O glamour está no ar

Inspirada no mundo dos esportes, Skazi leva para o inverno a mesma sofisticação da Tufi Duek, cuja coleção mergulha na estética do cinema noir


06/11/2022 04:00 - atualizado 05/11/2022 14:57

Vestido Vermelho
(foto: skazi/divulgação)


Mulheres poderosas e nada básicas se encontraram na passarela do The Runway Show, desfile unificado de Skazi e Tufi Duek. Cada uma à sua maneira, as marcas, que estão sob a direção criativa de Paolinha Murta, levam muito glamour para o inverno 2023. Enquanto a Skazi aposta em looks esportivos sofisticados, a Tufi Duek resgata a figura da “femme fatale” com uma sensualidade velada.
Há três anos, Paolinha assinava o contrato de venda da Skazi para o grupo de Santa Catarina AMC Têxtil, que já tinha no portfólio a Tufi Duek. Mas ela continuou à frente da marca, que fundou em 1993 com Vander Martins. De diferente, ao longo desse tempo, só o aporte tecnológico e financeiro para inovar e crescer, porque o DNA se manteve intacto.
 
Colorido
(foto: skazi/divulgação)
 
 
A identidade da Skazi se mostra ainda mais forte nesta coleção, toda voltada para o estilo “sport glam”. Em resumo, são roupas com cortes esportivos e tecidos glamourosos (incluindo muito brilho). “Coincidiu que, nesse momento, isso virou tendência, mas o esportivo sofisticado faz parte do DNA da marca, que conversa com uma mulher moderna”, observa a estilista.
 
Verde
(foto: skazi/divulgação)
 
 
Em evidência, um casaco que mistura tecido e modelagem de alfaiataria com náilon em cores diferentes (roxo, lilás e pink). Indicado para quem quer arrasar em uma temporada de esqui na neve. “Essa é uma construção muito difícil. Fazer curvas misturando cores envolve uma ciência que você nem imagina. Na hora de produzir, todos querem me matar, mas o resultado fica maravilhoso.”
 
Preto
(foto: skazi/divulgação)
 
 
A estampa que representa a coleção é inspirada no movimento de raias em uma piscina quase transbordando. Para reproduzir a cena, vista de cima, eles criaram um xadrez com linhas amarelas e pretas pinceladas em um fundo branco, que dão um efeito “borrado”. Além disso, aplicaram cristais para dar o brilho da água. A estampa aparece em tecidos com a mesma fluidez observada na piscina.
Para deixar a mulher exuberante, a marca não economiza ao recorrer a volumes, assimetrias, brilhos, texturas, recortes e cores. Os plissados são construções bem presentes nos vestidos de festa. Na passarela, alguns deles surgiram embaixo de casacos, afinal, estamos falando de uma coleção de inverno. Mas nada impede que sejam usados em dias de calor.
 
Esta é a quarta coleção da Tufi Duek assinada por Paolinha. Em 2020, ela assumiu a direção criativa com a missão de atualizar a identidade da marca, que sempre vestiu mulheres fortes, poderosas e levemente sensuais. Os looks resgatam a figura da “femme fatale”, envolvida pela estética dos filmes noir. “Trouxemos uma sensualidade velada, mas, no corte da roupa, você enxerga o poder dessa mulher.”
 
Desta vez, o que se viu na passarela fugiu um pouco à regra da marca, acostumada a trabalhar com modelagens mais retas e cores mais neutras. A estilista criou formas e recortes diferentes, além de misturas de texturas e brilho. Também surpreendeu com volumes em pontos estratégicos, principalmente ombros e cintura. Como exemplo de ousadia, o balonê em uma linha de alfaiataria em risca de giz.

CORRENTES Não há dúvida de que o preto domina a coleção, mas deu para sentir uma brisa de colorido com as pitadas de roxo, vermelho, amarelo e azul. A inovação também está nas estampas. Em vez de mostrar desenhos geométricos, a marca apostou em uma estampa de correntes. Segundo a estilista, elas simbolizam a força da mulher, que volta ainda mais poderosa depois da pandemia.
Desde que passou a comandar a criação das duas marcas, Paolinha se inspira em temas diferentes e busca matérias-primas diferentes para que os trabalhos não fiquem iguais. Acaba que muitas tendências coincidem, como no caso dos bolsos cargos nas calças, que aparecem nas duas coleções. Isso não é um problema, ela acredita, desde que não seja o que mais chama a atenção.
 
Mesmo com todas as diferenças, a estilista entende que as duas marcas podem vestir a mesma mulher, em ocasiões diferentes. “Tem dia em que queremos estar exuberantes, em outro dia preferimos usar uma roupa mais limpa. Nós, mulheres, temos mil fases”, comenta Paolinha, que, no dia seguinte aos desfiles, encontrou o showroom cheio de clientes.


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