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Estado de Minas Primavera-verão/21

Pronta-entrega na passarela

Promovido pela ACNModa, a 12ª edição do Gerais Fashion exibiu as coleções que estão nas araras dos showrooms do Prado


07/11/2021 04:00

Moda
Desfile promovido pela ACNModa (foto: Alberto Wu/Divulgação)
 
O mercado da pronta-entrega se tornou uma potência em termos de comercialização da moda produzida em Belo Horizonte e representa negócios expressivos para as marcas que adotam esse formato. Trata-se de uma operação ágil, que requer domínio sobre o que será ofertado e consumido ao longo do mês, e a adoção de coleções cápsulas contínuas se revelou como solução para um modelo caracterizado pela velocidade, mas que sofreu bastante com a pandemia.
 
Desfile
12ª edição do Gerais Fashion (foto: Alberto Wu/Divulgaçã)
 
 
Com o objetivo de colocar em foco a produção que está nos showrooms das empresas localizadas na região do Prado, a Associação dos Consultores de Negócios de Moda de Minas Gerais (ACNModa) promoveu a 12ª edição do Gerais Fashion, desta vez em caráter híbrido, o que significou poucos convidados no salão e transmissão on-line nas redes sociais da instituição.
 
Primavera-verão 2021
Peças trabalhadas com bordados poderosos, o desfile explorou também os acessórios (foto: Alberto Wu/Divulgaçã)
 
 
Se a adesão presencial contou com cerca de 100 pessoas, entre profissionais e plateia, a possibilidade de acompanhar os desfiles-live pela internet trouxe participação maciça de interessados. “Só para se ter ideia, na semana do evento, já havia mais de 5 mil CNPJs cadastrados nas nossas mídias”, revela Paulo da Silva Lopes, presidente da ACNModa, um dos articuladores da ideia junto às diretoras Priscila Valeska e Eliane Medina. E, na noite em que ele ocorreu, 56 mil contas-perfis foram alcançadas.
 
As peças mais importantes das coleções primavera-verão 2021 de mais de 30 marcas foram apresentadas, revelando a amplitude de opções oferecidas pelas grifes mineiras, e demonstrando que, apesar de beberem na mesma rede de influências, conseguem se expressar de uma forma bem individual em termos de criação de estampas, cores, acabamentos diferenciados e artesanais.
 
Interessante perceber também que, ao lado de nomes conhecidos pela sua história e pioneirismo, como Iorane e Thamara Capelão, vão surgindo outros novos para disputar um mercado comercial, mas que tem seu charme, porque as roupas, seguindo uma tradição da cidade, são bem-feitas e apresentadas. Da moda urbana e ligeira, sinalizada pelos vestidos longos – que dominam a temporada – a peças trabalhadas com bordados poderosos, o desfile explorou também os acessórios, bijoux e óculos, que compuseram o styling assinado por Maitê Oliveira com colaboração da consultora Gilce Bastiani, associada da ACNModa.
 
Tão importante quanto o mosaico de tendências exibidas foi a amplitude que o evento tomou com a participação do poder público, representado pela prefeitura municipal, por meio da Belotur e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que, por sua vez, tem em sua carteira o Mood – Festival de Moda de Belo Horizonte. Daí a presença do secretário Cláudio Beato na primeira fila dos desfiles.
Lá estava também Ana Laender, primeira-dama da cidade e voluntária social, que teve papel importante nessa articulação entre público e privado. Ciente da importância do Gerais Fashion como cartão de visitas da moda mineira, o Movimento Gentileza, idealizado e dirigido por ela, acolheu essa edição e contribuiu de maneira substancial para sua realização.
 
Segundo Ana, “Minas Gerais, tradicionalmente, sempre foi um polo da moda no país. Nesse período de retomada, é importante valorizarmos ainda mais a diversidade e a qualidade do nosso mercado, estimulando a economia e o social por meio de novos negócios locais, para que nossa cidade e nosso estado possam retomar o protagonismo”.
 
Importante também foi o trabalho realizado por Giovanna Penido, representante do setor da moda nos conselhos nacional e estadual de políticas culturais, que, além de curadora do projeto, costurou todas as conversas em torno dos apoios municipais, o que significou cessão do espaço para realização dos desfiles, além de infraestrutura e mão de obra. “O gesto da Ana Laender foi um reconhecimento para o nosso setor, que é tão importante para Belo Horizonte, pois cria emprego e renda, inclusão social, cultura e turismo”, pontua.

Esforço conjunto O presidente Paulo da Silva Lopes, por sua vez, considera fundamental a articulação com o governo municipal, levando em conta as dificuldades encontradas para a realização de ações e eventos capitaneados pela ACNModa, que sempre envolvem esforços pessoais dos diretores e de colaboradores voluntárias para o desenvolvimento desses projetos coletivos. “Nosso empenho é atrair o maior número de lojistas para virem a Belo Horizonte comprar das nossas marcas. Tudo que fizemos é com a consciência de agregar valor para o segmento, porque isso traz divisas tanto para a esfera municipal quanto a estadual”, frisa.
 
Isso significa, também, segundo ele, manter o mercado, garantindo empregos para toda sorte de mão de obra – costureiras, bordadeiras, vendedoras, entre outros profissionais que trabalham com a moda. “Acho de suma importância esse olhar específico da prefeitura para a pronta-entrega”. Ele lembra que a ACNModa está fechada com todos os outros movimentos que difundem o setor, como a Fiemg com o Minas Trend, o Sindivest- MG, as instituições ligadas à cultura, turismo e gastronomia de Belo Horizonte. “Somos todos BH”, arremata.
 
A diretora Eliane Medina relembra que foram as lives que a associação começou a fazer nos showrooms, no princípio da pandemia, que deram origem ao primeiro Gerais Fashion on-line. “A abrangência foi tão grande em agosto, que já demos início ao planejamento do segundo, realizado agora. Desde que assumimos a diretoria, tínhamos o compromisso de estar ao lado do Paulinho, a quem admiramos pelo trabalho, e de fazer a diferença, aproveitando todas as oportunidades que beneficiassem os consultores e o mercado de moda. É o que estamos fazendo e o que nos motiva a cada dia”, garante.
 
Se tudo se iniciou com as lives voltadas para as marcas menores, com menos ingestão de marketing e perspectivas para divulgar seus produtos no período pandêmico, na sequência, tanto Eliane quanto sua colega, a consultora Priscila Valeska, pensaram em trazer uma ideia antiga –  já que o Gerais Fashion existe há mais de 10 anos  – para a internet, modernizando-a. “Tivemos o insight de promover um desfile didático, que fornecesse informação, glamour e trouxesse olhares para a compra, criando desejo de se ver um pouco mais”, diz Priscila.
 
 “Como foi um evento que nasceu da cabeça de consultores, deu certo, o formato agradou, e o fato de ter sido promovido, agora, na Prefeitura de Belo Horizonte, traz crescimento em todos os sentidos: de responsabilidade, de marketing, de marca, de consolidação, de engajamento, de aprovação. Ele muda de cara e consegue uma amostragem muito maior perante as próprias marcas e clientes. Esse é um ponto muito positivo para nós, com perspectivas de maior amplitude ainda”, assegura Priscila. 


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