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Pesquisa mostra relação humana acima da hiperdigitalização no pós-pandemia


13/09/2020 04:00

Pesquisa mostra a dualidade entre o digital e o humano na relação de consumo(foto: E-Consulting/Divulgação )
Pesquisa mostra a dualidade entre o digital e o humano na relação de consumo (foto: E-Consulting/Divulgação )

 
Nos últimos meses, um dos assuntos dominantes é a hiperdigitalização brasileira. Não importa mais idade ou classe social. Com o isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus, a população brasileira se viu obrigada a entrar de cabeça no universo on-line. Quase todos os processos de consumo e serviços passaram a ser digitais. O e-commerce, por exemplo, explodiu. Passou a estabelecer recordes seguidos; novos nichos de mercado surgiram e esse movimento todo provocou a sensação de crescimento espiral sem precedentes. Porém, estudo sobre consumo pós-pandemia aponta que mesmo com essa hiperdigitalização acelerada, a natureza humana ainda será o pilar central das relações de consumo, trazendo informações que irão balizar a produção de conteúdo no mercado publicitário. 

PILAR HUMANO A pesquisa, coordenada pela E-Consulting, empresa que mede as previsões financeiras do varejo eletrônico há 16 anos, sobre o varejo pós-Covid, mostra três grandes tendências do setor. Todas apontam para a necessidade de uma relação humana cada vez mais forte nos processos comerciais, mesmo com a tendência de hiperdigitalização, que foi amplamente experimentada após o isolamento social. Conhecido como estudo Brave New Retail 2020 (Admirável Varejo Novo), consultou 2.114 varejistas, 17 centros comerciais, 9 outlets e 3.712 consumidores no período entre março e julho deste ano. O resultado aponta que 72% dos pesquisados consideram que, apesar de tudo estar superdigital, a centralidade na natureza humana e na questão relacional do consumo continuará como principal valor do varejo, ou seja, a atividade continuará a ser "human driven".

CONCEITO FIGITAL Essa condição de dualidade, que enxerga a necessidade de aceleração digital e, ao mesmo tempo, do fortalecimento da presença e do contato humano, tanto entre empresas e consumidores, como de consumidores entre si, é uma tendência quase que singular para o setor. Prova dessa afirmação é que 62% dos entrevistados consideram importante a fiscalização dos players puramente digitais, assim como a adoção do chamado conceito figital, que significa dar braços físicos e presença física para as empresas digitais. A maioria dos entrevistados acredita que esse movimento é tão relevante quanto digitalizar as empresas físicas.

MODELO LOBAL Outra tendência apontada no estudo e que foi considerada por 51% da amostra é a necessidade de fortalecimento da exploração do varejo a partir do local para o modelo global, ou seja, o chamado modelo "lobal". Assim, mais importante que ser global agindo localmente é ser local atuando globalmente, o que valoriza as questões e ecossistemas locais, mas incorpora o alcance global permitido tanto pelas tecnologias digitais como pelas parcerias internacionais.
"O resultado do estudo mostra que, independentemente da evolução digital nas relações de consumo, somos humanos e precisamos manter a experiência física e as condições relacionais. E nessa dualidade entre a aceleração digital e o fortalecimento humano, o desafio é submeter a tecnologia às pessoas, e não o contrário", explica Daniel Domeneghetti, CEO da E-Consulting e coordenador do estudo.


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