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Estado de Minas INVESTIMENTO

Uma é pouca, duas são necessárias

Nem sempre uma marca basta. Grupos de moda mostram que uma etiqueta pode complementar a outra quando se fala em estilo, mix de peças e até mesmo nas questões comerciais


postado em 19/01/2020 04:00 / atualizado em 18/01/2020 19:57

M.Rodarte(foto: Gustavo Marx/Divulgação)
M.Rodarte (foto: Gustavo Marx/Divulgação)
Muitas vezes, o público está tão consolidado que não permite fugir do script. Ou então surge a necessidade de encontrar alternativas de preço, mantendo o DNA. Por uma razão ou outra, marcas mineiras expandiram o seu alcance lançando segundas, terceiras ou mais etiquetas. Além de representar um fôlego criativo para os estilistas, os novos negócios fortalecem o lado comercial das empresas.
 
Marina Rodarte trabalhou por mais de 30 anos exclusivamente com vestidos de festa, daqueles bem sofisticados, longos, com bordados e pedrarias. Até que sentiu uma vontade criativa de fazer algo diferente. “Senti a necessidade de ter outra marca, com uma roupa mais jovem, bem moderna, onde pudéssemos usar estampas exclusivas. Nada disso estava cabendo na M.Rodarte”, justifica. Nessa mesma época, o seu filho caçula voltava de Londres e assumiu o novo projeto.
 
Marrô(foto: Gustavo Marx/Divulgação)
Marrô (foto: Gustavo Marx/Divulgação)
Assim nasceu a segunda marca do grupo, Marrô. A preocupação com a modelagem e o acabamento continua a mesma, a diferença está na possibilidade de fazer um trabalho mais criativo. Marina diz que a nova etiqueta chega como uma ruptura: carrega uma personalidade inquieta e se abre a muitas experimentações. “Uma vez experimentamos trabalhar com jeans de um jeito mais moderno. Misturamos com jacquard, então ele podia ir à festa”, lembra.
 
Fátima Scofield(foto: Júlia Lego/Divulgação)
Fátima Scofield (foto: Júlia Lego/Divulgação)
No fim, temos uma roupa de festa descomplicada, que pode muito bem transitar entre coquetel e casamento. Em vez de ricos bordados, característicos da M.Rodarte, são as estampas que diferenciam as roupas da Marrô, que está no seu quarto ano. “Uma característica da Marrô é sempre ter estampas florais, que agradam muito. Nesta última coleção, fomos ver a exposição do artista Olafur Eliasson em Londres e trabalhamos muito a questão da luz e das cores”, conta.
 
Todas as estampas, exclusivas, passam pelas mãos de um artista plástico. Com isso, chegam a parecer uma pintura. A que mistura listras e flores é um dos destaques da coleção de verão.
 
Fátima Scofield(foto: Júlia Lego/Divulgação)
Fátima Scofield (foto: Júlia Lego/Divulgação)
Marina coordena o estilo das duas marcas e trabalha para garantir que cada uma tenha a sua própria personalidade. Na M.Rodarte, predominam os tons mais sóbrios, como beges, nudes, dourados e rosés. Já a Marrô tem sempre uma coleção bastante colorida, com amarelos, azuis e pinks. Os tecidos podem até ser os mesmos, mas os usos são completamente diferentes. Na Marrô, o tule surge como sobreposição em tecidos estampados e cria um efeito 3D.
 
Os próprios clientes deram o start para uma nova marca da Maracujá. Para atender aos pedidos de de uma roupa diferente da tradicional moda festa, a solução foi criar a 613. “Se já temos know-how em acabamento e modelagem, por que não podemos fazer isso também? Conversamos muito com clientes, estudamos as necessidades do mercado e vimos que esse nicho estava carente”, relembra a estilista Letícia Lorentz, que há um ano e meio comanda as duas equipes de estilo.
 
A Maracujá entrega a roupa pronta para vestir, sem erro. Já a 613 se preocupa em montar um guarda-roupa mais criativo, que permita fazer várias combinações, muitas vezes só trocando o acessório. “Sempre penso em um armário completo para a mulher contemporânea, para que ela consiga transitar em todos os ambientes, desde trabalho, passeio, jantar até uma festa mais sofisticada.”

VERSATILIDADE Na 613, chega-se ao máximo da versatilidade. E não falamos apenas do blazer que combina com calça de sarja ou saia de tule. Uma mesma peça pode ser usada de várias formas. A camisa se transforma até ficar sem manga, basta desabotoá-la. Tem também a calça que vira bermuda e short abrindo ou fechando o zíper e a saia três em um: você pode usar a parte plissada, a parte de alfaiataria ou as duas sobrepostas. Ainda tem o vestido que vem com uma saia de ponta plissada separada.
 
FS Store(foto: Marcio Rodrigues/Divulgação)
FS Store (foto: Marcio Rodrigues/Divulgação)
Ao contrário da Maracujá, a 613 não explora tanto as estampas. Quando elas aparecem, fogem do convencional. “Para a 613, sempre pensamos em estampas diferentes, mais gráficas e até mais ousadas. Temos trabalhado muito com logomania, que reforça o nome da marca”, aponta Letícia. Nesta última coleção, a equipe partiu de uma flor para criar uma imagem abstrata, cheia de cores.
Apesar das diferenças, nada impede de juntar Maracujá e 613 em um mesmo look. “Os conceitos são diferentes, mas uma marca fortalece a outra. As nossas vendedoras são treinadas para propor uma interação entre elas”, informa a estilista. Uma camisa de tricoline branca da 613 pode ser usada com uma saia estampada da Maracujá, ao mesmo tempo em que uma camisa de chifon da Maracujá, mais fluida, combina com uma calça de alfaiataria da 613.


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