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Estado de Minas Coluna do Bob Faria

Coluna do Bob Faria // Soluções perfeitas e vitória incontestável do Brasil

Antes dos 10 minutos já tinha definido o rumo da pavimentação do caminho da Coreia do Sul de volta para casa"


06/12/2022 04:00

Bob Faria

Chegou então a fase de mata-mata na Copa. A Copa das zebras, a Copa das vitórias improváveis que fazem do futebol o esporte mais imprevisível do mundo.

É muito natural que, à medida que a coisa vá se afunilando, a margem de possibilidades para os azarões vá diminuindo e quem tem mais preparo, não só técnico, mas emocional, vá ganhando confiança.

Ontem, vimos um bravo Japão sucumbir à vice-campeã do mundo vendendo muito caro sua eliminação. Mas na hora de decidir, nos pênaltis, faltaram pernas e concentração. Apesar de ter, como a maior parte das seleções, a base do seu time jogando na Europa, ainda não foi desta vez que os Samurais avançaram.

Sobre o jogo do Brasil, é óbvio que agora, depois do resultado, fica fácil concordar. Mas vi muita gente questionando a opção do Tite em colocar o Neymar desde o início do jogo. Bem, eu já concordava desde o anúncio de que ele seria titular. O que, neste momento, já não faz nenhuma diferença, mas só queria registrar.

Quanto às soluções que o treinador achou para o sistema defensivo, creio que foram perfeitas. Militão mais uma vez se saiu muito bem, Danilo atuou na esquerda como se fosse sua posição de origem e a contenção de meio campo muito sólida.

Isso dito, vitória incontestável do Brasil. Antes dos 10 minutos já tinha definido o rumo da pavimentação do caminho da Coreia do Sul de volta para casa. No primeiro gol, me chamou a atenção a calma, a tranquilidade, a frieza, chame como quiser, do Vini Jr. Para bater na bola. Dominou, como se estivesse sozinho na área, enquanto um exército coreano se atirava em sua direção e bateu como se não houvesse ninguém à sua frente. Golaço.

O pênalti (ok... vamos combinar que foi meio maroto...) desequilibrou ainda mais o time coreano. E Neymar bateu com requintes de crueldade. Bola lenta, esperando, à la Ronaldo, que o goleiro decidisse por ele o que fazer. O goleiro dobrou as pernas e ele fez sem modéstia nenhuma.

O terceiro foi uma síntese do melhor futebol brasileiro. O futebol que a gente gosta de ver. Começou na pressão alta, na inspiração do Paquetá pela direita, na triangulação na entrada na área, e a forma como o Richarlyson ataca o espaço por dentro para fuzilar pro gol é simplesmente lindo.

Daí pra frente, o passeio estava até sem graça. O que vimos foi uma Coreia do Sul absolutamente desanimada, diante de um adversário não só confiante, mas inspirado.

Enquanto o Brasil desfilava, se dando ao luxo de deixar Paquetá pisar na área, a defesa de vermelho afundava, e o deixava livre para acertar o belo chute que me derrubou no bolão. (Eu tinha cravado 3 a 0!). 4 a 0 só no primeiro tempo...

Rafinha foi o melhor em campo.
O resto já é história.

Permitam-me fazer um breve momento de reverência ao Rei do futebol. Sua Majestade Pelé, primeiro e único, está enfrentando um dos adversários mais difíceis de sua vida, porque é um adversário ardiloso, que não tem escrúpulos nem ética, que não respeita as leis do jogo e que age silenciosamente. Mas, como sempre, estamos na torcida para que ele, assim como já fez milhares de vezes, também passe por essa. Vida longa ao Rei.

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