Envolver mulheres da chamada nova classe C em iniciativas que tenham como princípio o desenvolvimento sustentável é uma das três propostas da Plataforma 20, documento lançado nesta quinta-feira pela Rede Brasileira de Mulheres Líderes pela Sustentabilidade, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente. O documento será apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que começa no dia 13 de junho.
Elaborada pelo grupo chamado Margaridas de Salto Quinze, que reúne cerca de 200 mulheres, entre legisladoras, empresárias, representantes do Judiciário, do Executivo e do terceiro setor, a plataforma apresenta 15 medidas em três áreas. Os objetivos são aumentar o número de mulheres em cargos de gestão, favorecer o empreendedorismo sustentável e o consumo consciente.
Pesquisa apresentada no documento revela que a sustentabilidade é um conceito difícil de ser entendido no dia a dia. Por meio da plataforma, a Rede Brasileira de Mulheres quer focar ações que traduzam o conceito principalmente para a classe C, “em geral, mais influenciada por um padrão televisivo de consumo que não considera certos valores”.
“A televisão veicula, digamos assim, os valores do mercado e do gosto popular. Tem muita dificuldade de incorporar novos valores. Por isso, o que a gente quer é um diálogo muito franco e aberto com a mídia para incentivar que a sustentabilidade conste de programas e novelas”, disse a secretária de Articulação e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Samyra Crespo.
A Plataforma 20 também cita pesquisa mostrando que 70% das compras no Brasil são escolhidas pelas mulheres e diz que é “preciso tirá-las do piloto automático”, onde o consumo é “sinônimo de felicidade e identidade pessoal”, chamando a atenção para a “melhor escolha de produtos”. A entidade defende que essa conscientização se dê por meio de campanhas que valorizem o papel das mulheres nesse processo, com linguagem acessível.
“Não adianta falar às mulheres que comem comida congelada quando chegam em casa para ir à feira comprar produtos orgânicos. Isso está fora da realidade delas. Mas é possível orientar para o não desperdício de alimentos”, disse Lúcia Costa, responsável pela pesquisa, que levou o título O que o Brasil Pensa do Meio Ambiente e do Consumo Sustentável – Mulheres e Tendências de Consumo.
O documento para a Rio+20 traz ainda medidas para aumentar o número de executivas em cargos de gestão até 2020, principalmente nos Conselhos de Administração, “inserindo a sustentabilidade no coração dos negócios e das empresas”. De acordo com dados da Plataforma 20, de 2.647 posições em diretorias e conselhos fiscais, as mulheres ocupavam 204 em 2011.
Ao defender mais mecanismos de acesso a crédito e aos meios de produção, como a terra, voltado às mulheres, a Rede Brasileira também sugere mais parcerias para aumentar a reciclagem de produtos e mais treinamento para “inserir empreendedoras no comércio justo”.
A expressão Margaridas de Salto Quinze faz referência à Marcha das Margaridas, movimento de trabalhadoras rurais em defesa de políticas públicas com recorte de gênero no campo.
Elaborada pelo grupo chamado Margaridas de Salto Quinze, que reúne cerca de 200 mulheres, entre legisladoras, empresárias, representantes do Judiciário, do Executivo e do terceiro setor, a plataforma apresenta 15 medidas em três áreas. Os objetivos são aumentar o número de mulheres em cargos de gestão, favorecer o empreendedorismo sustentável e o consumo consciente.
Pesquisa apresentada no documento revela que a sustentabilidade é um conceito difícil de ser entendido no dia a dia. Por meio da plataforma, a Rede Brasileira de Mulheres quer focar ações que traduzam o conceito principalmente para a classe C, “em geral, mais influenciada por um padrão televisivo de consumo que não considera certos valores”.
“A televisão veicula, digamos assim, os valores do mercado e do gosto popular. Tem muita dificuldade de incorporar novos valores. Por isso, o que a gente quer é um diálogo muito franco e aberto com a mídia para incentivar que a sustentabilidade conste de programas e novelas”, disse a secretária de Articulação e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Samyra Crespo.
A Plataforma 20 também cita pesquisa mostrando que 70% das compras no Brasil são escolhidas pelas mulheres e diz que é “preciso tirá-las do piloto automático”, onde o consumo é “sinônimo de felicidade e identidade pessoal”, chamando a atenção para a “melhor escolha de produtos”. A entidade defende que essa conscientização se dê por meio de campanhas que valorizem o papel das mulheres nesse processo, com linguagem acessível.
“Não adianta falar às mulheres que comem comida congelada quando chegam em casa para ir à feira comprar produtos orgânicos. Isso está fora da realidade delas. Mas é possível orientar para o não desperdício de alimentos”, disse Lúcia Costa, responsável pela pesquisa, que levou o título O que o Brasil Pensa do Meio Ambiente e do Consumo Sustentável – Mulheres e Tendências de Consumo.
O documento para a Rio+20 traz ainda medidas para aumentar o número de executivas em cargos de gestão até 2020, principalmente nos Conselhos de Administração, “inserindo a sustentabilidade no coração dos negócios e das empresas”. De acordo com dados da Plataforma 20, de 2.647 posições em diretorias e conselhos fiscais, as mulheres ocupavam 204 em 2011.
Ao defender mais mecanismos de acesso a crédito e aos meios de produção, como a terra, voltado às mulheres, a Rede Brasileira também sugere mais parcerias para aumentar a reciclagem de produtos e mais treinamento para “inserir empreendedoras no comércio justo”.
A expressão Margaridas de Salto Quinze faz referência à Marcha das Margaridas, movimento de trabalhadoras rurais em defesa de políticas públicas com recorte de gênero no campo.