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Estado de Minas

Bola é condenado por morte de motorista em Belo Horizonte

O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos foi condenado a 16 anos de prisão. O comerciante Antônio Osvaldo Bicalho, apontado como mandante do crime, pegou 14 anos de prisão


postado em 11/04/2019 18:31 / atualizado em 11/04/2019 18:42

A sentença saiu no fim da tarde desta quinta-feira(foto: Renata Caldeira / TJMG)
A sentença saiu no fim da tarde desta quinta-feira (foto: Renata Caldeira / TJMG)

O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, foi condenado por mais um assassinato. O réu, que já cumpre pena pela morte de Eliza Samudio, ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza, foi sentenciado a 16 anos de prisão pelo homicídio do motorista Devanir Claudiano Alves, crime aconteceu em 2009 no Bairro Juliana, na Região Norte de Belo Horizonte. O comerciante Antônio Osvaldo Bicalho, apontado como mandante do crime, pegou 14 anos de prisão. Ele poderá responder em liberdade. O mesmo benefício foi dado a Bola, porém, ele cumpre pena por outros crimes, por isso continua atrás das grades.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o assassinato aconteceu na noite do dia 27 de julho de 2009 perto da casa da vítima, que estava acompanhada de sua filha. O comerciante Osvaldo Bicalho, que a exemplo de Bola era criador de cães de raça, teria descoberto que Devanir mantinha relações amorosas com sua mulher. Bicalho, então, teria combinado com o ex-policial a morte do rival, fazendo pagamento em armas e cães.

Ainda de acordo com as acusações, por ocasião do homicídio, a filha da vítima e uma testemunha, cujo nome não foi revelado, deram uma descrição do assassino semelhante às características físicas de Marcos Aparecido, o Bola. Os dois contaram que Devanir Alves caminhava próximo à casa dele quando Bola, que já havia sido visto na cena do crime várias vezes, o chamou pelo nome. Ao olhar para trás e responder ao chamado, Devanir foi morto sem chance de defesa, com três tiros na cabeça.

Entre as provas técnicas, foi constatado que logo após a execução, Bola ligou para Antônio Bicalho. Com a prisão de Marcos Aparecido durante as investigações sobre o suposto desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, a filha de Devanir e a testemunhas reconheceram as imagens dele na televisão como sendo as do assassino. Posteriormente foi feito o reconhecimento oficial.

O júri


O julgamento durou dois dias. Nessa quarta-feira, testemunhas de acusação e de defesa foram ouvidas. Entre elas um amigo da vítima que presenciou o crime, a companheira da vítima, e policiais que participaram das investigações. Na sequência, a juíza interrogou Bola, acusado de cometer o crime, e Antônio Osvaldo Bicalho, apontado como mandante. Também foram ouvidas

Segundo a Justiça mineira, a defesa dos réus sustentou a tese de que a acusação é uma retaliação ao ex-policial Bola, motivada por desentendimentos entre ele e o delegado Edson Moreira, que investigou a morte de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes. Ainda de acordo com o TJ, a acusação, por outro lado, afirma que a testemunha presencial reconheceu Bola como executor do crime, um ano depois, ao ver sua imagem na televisão. Depois disso, ligou para a delegacia.

Contudo, essa testemunha mudou seu depoimento nesta quarta, dizendo ter apontado o ex-policial por considerá-lo parecido com a pessoa que efetuou os disparos e também com medo de que o verdadeiro autor o procurasse e o matasse.

Outras condenações


Marcos Aparecido está preso na Casa de Custódia da Polícia Civil, em Belo Horizonte. Bola foi condenado em 2013, pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno, em julho de 2010. Ele foi apontado como o executor da vítima.

Em julho de 2016, Bola foi condenado a 12 anos de prisão, em regime fechado, pelo assassinato do carcereiro Rogério Martins Novelo. O crime ocorreu em maio de 2000, em Contagem, na Grande BH. O ex-policial civil, havia sido absolvido do crime contra o carcereiro em 7 de novembro de 2012, quando foi a júri popular. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recorreu e um novo julgamento foi realizado.

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