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Estado de Minas

Juíza suspende sessão e sentença de Bola fica para esta quinta-feira

Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é julgado pelo assassinato do motorista Devanir Claudiano Alves, ocorrido em julho de 2009. O comerciante Antônio Osvaldo Bicalho também responde pelo crime


postado em 10/04/2019 20:29

A juíza Myrna Fabiana Monteiro Souto ouviu o ex-policial Bola, acusado de matar motorista Devanir Claudiano Alves, nesta quarta-feira(foto: Joubert Oliveira/TJMG)
A juíza Myrna Fabiana Monteiro Souto ouviu o ex-policial Bola, acusado de matar motorista Devanir Claudiano Alves, nesta quarta-feira (foto: Joubert Oliveira/TJMG)

 

A juíza Myrna Fabiana Monteiro Souto, do 3º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, suspendeu o julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e do comerciante Antônio Osvaldo Bicalho às 18h30 desta quarta-feira (10). Com isso, os dois acusados de matar o motorista Devanir Claudiano Alves no Bairro Juliana, na Região Norte de Belo Horizonte em 2009, só serão sentenciados nesta quinta-feira (11).


A sentença não saiu nesta quarta muito pelo atraso de uma das testemunhas, que chegou ao Fórum Lafayette, no Bairro Barro Preto (Região Centro-Sul de BH), mais de três horas depois do horário agendado. Esta pessoa era considerada essencial para o trabalho do Judiciário. A magistrada Myrna Souto precisou determinar a condução coercitiva dessa testemunha.


Nesta quarta, as testemunhas de acusação e de defesa, entre elas um amigo da vítima que presenciou o crime, a companheira da vítima, e policiais que participaram das investigações. Na sequência, a juíza interrogou Bola, acusado de cometer o crime, e Antônio Osvaldo Bicalho, apontado como mandante. Também foram ouvidas


Segundo a Justiça mineira, a defesa dos réus sustenta a tese de que a acusação é uma retaliação ao ex-policial Bola, motivada por desentendimentos entre ele e o delegado Edson Moreira, que investigou a morte de Elisa Samúdio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes.


Ainda de acordo com o TJ, a acusação, por outro lado, afirma que a testemunha presencial reconheceu Bola como executor do crime, um ano depois, ao ver sua imagem na televisão. Depois disso, ligou para a delegacia.


Contudo, essa testemunha mudou seu depoimento nesta quarta, dizendo ter apontado o ex-policial por considerá-lo parecido com a pessoa que efetuou os disparos e também com medo de que o verdadeiro autor o procurasse e o matasse.


A magistrada Myrna Souto também determinou que os jurados fossem levados para um hotel, onde ficará garantida a incomunicabilidade deles.


O crime


Segundo as investigações da Polícia Civil, o assassinato aconteceu na noite do dia 27 de julho de 2009 perto da casa da vítima, que estava acompanhada de sua filha. O comerciante Osvaldo Bicalho, que a exemplo de Bola era criador de cães de raça, teria descoberto que Devanir mantinha relações amorosas com sua mulher. Bicalho, então, teria combinado com o ex-policial a morte do rival, fazendo pagamento em armas e cães.


Ainda de acordo com as acusações, por ocasião do homicídio, a filha da vítima e uma testemunha, cujo nome não foi revelado, deram uma descrição do assassino semelhante às características físicas de Marcos Aparecido, o Bola. Os dois contaram que Devanir Alves caminhava próximo à casa dele quando Bola, que já havia sido visto na cena do crime várias vezes, o chamou pelo nome. Ao olhar para trás e responder ao chamado, Devanir foi morto sem chance de defesa, com três tiros na cabeça.


Entre as provas técnicas, foi constatado que logo após a execução, Bola ligou para Antônio Bicalho. Com a prisão de Marcos Aparecido durante as investigações sobre o suposto desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, a filha de Devanir e a testemunhas reconheceram as imagens dele na televisão como sendo as do assassino. Posteriormente foi feito o reconhecimento oficial.

 

Com informações de João Henrique do Vale e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)

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