Eduardo Braga: alíquota diferenciada para profissionais liberais
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresenta nesta quarta-feira (25/10), à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o relatório final da proposta de reforma tributária. A previsão é que haja pedido coletivo de vistas e o texto só seja votado em 7 de novembro na comissão.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estimou que o relatório será aprovado até o fim de novembro no plenário da Casa. "Estamos muito alinhados nesse compromisso de evoluir a pauta econômica do Brasil. Considero essa a maior prioridade nacional neste instante", disse Pacheco, ao salientar que o país precisa garantir crescimento econômico, com geração de emprego e controle da inflação. "Isso envolve reforma tributária e diversos projetos em tramitação", comentou.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que bateu o martelo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o senador Braga sobre o novo valor do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), sem querer antecipar os números. O fundo, destinado a compensar os estados por eventuais perdas com as mudanças tributárias, virou ponto chave nas negociações em torno da aprovação da reforma.
"Boa surpresa"
A elevação do valor do fundo é considerada relevante para assegurar a maioria de 49 votos favoráveis exigidos para a aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), como é o caso da reforma tributária. A demanda dos governadores é que o fundo saia dos R$ 40 bilhões previstos inicialmente no texto aprovado pela Câmara para uma quantia de R$ 75 a R$ 80 bilhões.
Trava na carga tributária
Além da elevação do FDR, Braga acredita que há consenso entre os senadores para a criação de uma "trava" que impeça que os governos, seja o federal, sejam os estaduais, elevem a carga tributária.
Outra novidade a ser acrescentada ao texto é a revisão, a cada cinco anos, das alíquotas diferenciadas para que se possa avaliar o custo-benefício da aplicação delas em setores da economia. Braga também pensa em criar outra alíquota diferenciada para profissionais liberais, como advogados e médicos, que terão sua carga tributária bastante elevada caso o texto permaneça como saiu da Câmara.

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