Americanas

A estabilização das operações da Americanas ocorreu em abril.

MAURO PIMENTEL/AFP

Os três principais acionistas da Americanas - Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira - chegaram a um consenso sobre a limitação de venda de suas ações na companhia pelo período de três anos. Essa restrição é uma condição para o acordo entre a empresa em recuperação judicial e seus credores, conforme informações de fontes anônimas.

A estabilização das operações da Americanas ocorreu em abril, com um saldo de R$ 1 bilhão em caixa. O ex-presidente Sergio Rial é o primeiro acusado pela CVM em um processo sobre um rombo bilionário na empresa.

Leia: Americanas encerra 29 lojas e 5 mil empregos após recuperação judicial

A notícia foi inicialmente divulgada pela Bloomberg e confirmada posteriormente por outras fontes. Os detalhes finais sobre o prazo exato de restrição à venda ainda estão sendo definidos, mas a expectativa é que seja em torno de três anos. Advogados estão trabalhando nos termos jurídicos do acordo, buscando encerrar um impasse que já dura seis meses.
 

A proposta atual de acordo inclui um investimento de R$ 10 bilhões pelos três acionistas e um adicional de R$ 2 bilhões nos próximos anos, condicionado a determinadas condições financeiras e operacionais. Segundo as fontes, há uma expectativa de que o acordo seja finalizado até o fim deste mês.

Em comunicado, a Americanas ressaltou seu compromisso com os credores para construir um consenso em torno do Plano de Recuperação Judicial, que ainda está sujeito a revisões e ajustes. A empresa busca um plano que contemple as visões compartilhadas e atenda aos interesses de seus stakeholders.