Americanas

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MAURO PIMENTEL/AFP
Desde que iniciou seu processo de recuperação judicial em janeiro, a Americanas fechou 29 unidades e cortou 5 mil postos de trabalho. A companhia encerrou abril com 1.851 lojas em operação, em comparação às 1.880 que possuía em janeiro, conforme informações do administrador judicial.

No total, a empresa agora conta com 5.025 funcionários a menos, passando de 43.123 para 38.098 até 21 de maio. As demissões incluem tanto iniciativas por parte da companhia quanto dos próprios colaboradores.

Além disso, a Americanas perdeu cerca de 3,2 milhões de clientes, com sua base caindo de 48,3 milhões em janeiro para 45,1 milhões em abril. A ocupação dos galpões de estoque também diminuiu, operando com metade da capacidade. Em abril, a ocupação estava em 54%, um aumento em relação a março, que registrou 43%, mas ainda abaixo dos 73% de maio de 2022.
 

Os investimentos da empresa sofreram uma queda drástica de mais de 90%, passando de R$ 177 milhões em dezembro de 2022 para R$ 7,2 milhões em abril de 2023. Apenas R$ 18.265 foram destinados à operação digital.

O pagamento a fornecedores melhorou, com o prazo reduzido de 124 dias em janeiro para seis dias em março e oito dias em abril de 2023. O prazo de recebimento dos clientes também diminuiu, indo de 69 dias em novembro de 2022 para 35 dias em abril de 2023.

A recuperação judicial da Americanas teve início após a descoberta de um rombo bilionário nos balanços da empresa, que possui uma dívida estimada em R$ 40 bilhões. O plano atual prevê a venda de diversos ativos, incluindo a participação no Grupo Uni.Co, detentor das franquias Imaginarium, Pucket, Mind e LoveBrands, além da rede Hortifruti Natural da Terra. A Americanas anunciou em 18 de maio a contratação do Citigroup para iniciar a prospecção de interessados na aquisição do Hortifruti Natural da Terra a partir da semana seguinte.