Prateleiras de um supermercado; consumidores circulam com carrinhos e compras

Belo Horizonte apresentou uma queda significativa no preço a cesta básica entre fevereiro e março, totalizada em -3,27%.

Marcos Vieira/EM/D.A Press
O valor da cesta básica caiu em março em 13  das 17 capitais persquisadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
 
Em Belo Horizonte, a cesta básica custava R$ 654,57 em março, uma quedai de 3,27% em relação a fevereiro. O índice se configurou como uma das maiores reduções, perdendo apenas para Recife, onde o custo da cesta básica diminuiu 4,65%. 

Em seguida, aparecem com maiores queda Brasília (-3,67%), Fortaleza (-3,49%) e João Pessoa (-3,42%).  Já as elevações foram observadas em Porto Alegre (0,65%), São Paulo (0,37%), Belém (0,24%) e Curitiba (0,13%).

A capital paulista continua sendo a que tem o maior valor para a cesta básica, segundo o Dieese.

Confira o valor da cesta básica medida em cada capital pelo Dieese

São Paulo: R$ 782,23 
Porto Alegre: R$ 746,12 
Florianópolis: R$ 742,23 
Rio de Janeiro: R$ 735,62 
Campo Grande: R$ 719,15 
Vitória: R$ 699,16 
Brasília: R$ 693,32 
Goiânia: R$ 680,92 
Curitiba: R$ 679,76 
Belém: R$ 664,54 
Belo Horizonte: R$ 654,57 
Fortaleza: R$ 647,92 
Natal: R$ 615,03 
Salvador: R$ 591,40 
João Pessoa: R$ 579,57 
Recife: R$ 578,73 
Aracaju: R$ 546,14

A queda no valor da cesta básica em Belo Horizonte em março foi puxada pela reduções nos preços médios da batata, banana, tomate e óleo de soja.


A capital mineira também se destacou quanto à redução do custo do conjunto de gêneros alimentícios básicos nos três primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando uma queda de 6%. Foi a maior redução entre as 11 cidades que apresentaram queda.

O salário mínimo e a cesta básica


De acordo com Fernando Ferreira Duarte, supervisor técnico do Dieese em Minas Gerais, a cesta básica é baseada no valor do salário mínimo, que deve suprir as necessidades do cidadão cobrindo alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

O supervisor explica que a queda no preço da cesta básica não significa que os produtos se tornaram mais acessíveis, se o salário mínimo continua sendo insuficiente para cobrir os gastos com alimentação. Em março, o trabalhador que recebe o piso nacional gastou 55,47% do seu rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos.

O comportamento dos preços na mesa


Conforme Fernando, principalmente em Belo Horizonte e em outras metrópoles, o consumo é pautado, principalmente, nos preços dos produtos nos mercados, já que não faz parte do perfil de um morador da cidade grande produzir os seus alimentos em casa, como plantar frutas e legumes.

Dessa forma, quando o consumidor vai ao mercado, ele se depara com a alta ou a queda dos produtos básicos de alimentação incluídos na cesta básica. 

O aumento e a queda no preço de alguns alimentos da cesta básica são mais significativos que outros. Para ilustrar a situação, Fernando usou como exemplo a carne e o óleo de soja.

O preço da carne é maior que o do óleo, bem como a quantidade consumida mensalmente. Então, se o preço da carne aumenta, o impacto no bolso do consumidor é maior. Cada produto apresenta um comportamento particular.