Bandejão da UFMG

UFMG informou que, até o momento, não há uma definição sobre os possíveis valores e as condições de majoração de preços

Leandro Couri/EM/D.A Press
A reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estuda reajustar o preço do bandejão dos restaurantes universitários. A medida ainda não foi implantada, mas já causa revolta entre os estudantes.



De acordo com a UFMG, até o momento não há uma definição sobre os possíveis valores e as condições de majoração de preços. No entanto, em um vídeo publicado nas redes sociais, Luíza Datas, Coordenadora Geral do Diretório Central dos Estudantes da universidade, afirma que a entrada para o bandejão deverá passar de R$ 5,60 para R$ 9,40.

“Nos últimos seis anos a gente não viveu nenhum aumento do valor do bandejão da UFMG e durante todo esse tempo, o que a reitoria fez foi complementar o valor de R$ 5,60 até o real valor de custo da refeição, com verbas que vinham da FUMP, mas esse recurso acabou”, explicou Luíza.

A reportagem procurou a universidade que informou que, até o momento, a instituição tem apenas desenvolvido estudos sobre o reajuste de preços das refeições. A UFMG não explicou o motivo dos estudos estarem sendo realizados, e como ficaria, por exemplo, os alunos assistidos pela Fundação Universitária Mendes Pimentel, que possuem descontos ou gratuidades, de acordo com o nível de assistência.


A Universidade declarou também que não procede a informação de que os novos estudantes não terão acesso à assistência da FUMP. Dentro do campus, os estudantes, aqueles que mais se beneficiam dos restaurantes universitários, compartilham sentimentos de indignação e se organizam, na medida do possível, contra a possibilidade da medida. O DCE vai promoveria ontem uma assembleia geral de estudantes no gramado da reitoria para debater sobre o aumento.


Maria Luísa estuda engenharia de controle e automação e utiliza o bandejão praticamente todos os dias. “Entendo que queiram aumentar, a maior parte da comida do bandejão é a vontade e muita gente come lá diariamente”, comentou, “mas, ao mesmo tempo, fico indignada porque vai ficar muito caro pra comer todo dia. Vai ficar quase o preço de uma refeição em outro restaurante, como por exemplo da engenharia, que eu evito comer pra economizar”.