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Estado de Minas RECUPERAÇÃO

BH apresenta aumento de empregos e unidades vendidas na construção civil

Dados do Sinduscon-MG mostram que capital mineira teve quase 14 mil novos postos de trabalho em 2021, além de expansão de 28,1% nas vendas de imóveis


14/12/2021 11:59 - atualizado 14/12/2021 12:04

Apartamento à venda
Foram 4.552 apartamentos comercializados e outros 4.280 lançados entre janeiro e outubro, com destaque para crescimento de 97,5% nas vendas de imóveis super luxo (foto: Divulgação)
 
Apesar do forte aumento do preço dos materiais de construção desde o ano passado em todo o país, o desempenho da construção civil em Belo Horizonte teve destaque em 2021, com recorde de vendas de apartamentos e criação de postos de trabalho. 
 
De acordo com dados apresentados nesta terça-feira (14/12) pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), a capital mineira apresentou um crescimento de 28,1% de unidades vendidas nos 10 primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
 
Foram 4.552 apartamentos comercializados e outros 4.280 lançados entre janeiro e outubro deste ano, com destaque para crescimento de 97,5% nas vendas de imóveis super luxo (com preço acima de R$ 2 milhões). 

“Tivemos uma queda expressiva na taxa de juros. Com isso, as famílias fizeram mudança no portfólio de investimentos. A pessoa tinha recursos para investimento e fez o redirecionamento. Até março, a taxa estava 2%, o que desestimulou os investimentos financeiros. As famílias optaram por investir no mercado imobiliário, em imóveis de maior valor”, explica o presidente do Sinduscon, Renato Michel.

Em 2021, BH foi a segunda capital do Brasil que mais criou vagas de emprego na construção civil, perdendo apenas para São Paulo. Os números mostram que foram criados 13.599 postos de trabalho nos setores de obras de infraestrutura, serviços especializados para a construção e construção de edifícios, o que representa uma elevação de 25,20% em relação a 2020. Com isso, o total de vagas no setor também cresceu na capital: passou de 93 mil em 2020 para 106 mil em 2021.
 
Há 10 meses consecutivos, a construção civil em Belo Horizontre apresenta resultados positivos no mercado de trabalho. O último mês que apresentou queda no número de vagas foi em dezembro de 2020, quando mais de 1,2 mil empregos foram desativados. 
 
Segundo Renato Michel, o mercado está aos poucos tentando preencher novas vagas na construção civil: “Estamos passando por período de falta de mão de obra em função do crescimento. Estamos em contato com o Senai para que possamos garantir essa demanda. A construção civil é um setor de forte empregabilidade, que está colhendo a mão de obra desempregada”.

A elevação do preço dos materiais de construção impediu resultados ainda mais expressivos em BH e a nível nacional. Segundo o Sinduscon, houve crescimento de 20,17% no custo se comparado a 2020, maior expansão desde a criação do Plano Real (em 1994).
 
Desde julho do ano passado, os insumos que apresentaram maior reajuste foram a chapa compensado (157,34%), aço (133,9%), fio de cobre (103,8%), tubo de ferro (91,51%) e tubo de PVC (68,81%). 

“Tivemos o maior crescimento dos últimos 10 anos em todo o país. Se essa forte elevação do preço dos materiais de construção não tivesse ocorrido, nosso crescimento seria mais expressivo, podendo ter a maior expansão dos últimos 15 anos”,analisa a economista e assessora econômica do Sinduscon-MG, Ieda Vasconcelos. 
 
Cenário em Minas Gerais 
 
A exemplo de Belo Horizonte, Minas Gerais também registrou aumento do número de geração de empregos na construção civil em 2021. Entre janeiro e outubro, foram criadas mais de 44 mil vagas, o que significa uma elevação de 38,4% em relação ao mesmo período do ano passado. A expansão é a maior desde 2012, quando 50 mil empregos foram criados. 

Os números no período reforçam a tendência de expansão do mercado, que viveu seu pior momento em dezembro de 2020, com o fim de mais de 8 mil postos de trabalho. 

Em 2021, o mês que mais gerou empregos foi em fevereiro (7.917), o que sinalizou tendência de recuperação do setor. Em seguida, vieram os meses de março (6.103) e janeiro (6.102).  


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