![Iphan atualizou o Queijo Minas como Patrimônio Cultural do Brasil - e ampliou a delimitação geográfica(foto: Aprocan/Divulgação) Queijo canastra sendo produzido em Minas Gerais](https://i.em.com.br/GhRjAh_9Eq1wZyQOuIELdRXwL1U=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/11/11/1322119/queijo-canastra-sendo-produzido-em-minas-gerais_1_59350.jpg)
Em nota, a direção do Iphan informou que durante a reunião foram apresentados pontos importantes do Parecer Técnico de Revalidação do bem cultural, enfatizando transformações pelas quais ele passou, em especial quanto à abrangência do registro. Foi pontuado que ha%u0301 reivindicações antigas de ampliação da abrangência deste bem, como para a região de Araxá, no Alto Paranaíba, e que a reavaliação e%u0301 um momento propício para essa redefinição.
“Essa disseminação do modo artesanal de fazer queijo de Minas no território estadual reforça a compreensão sobre sua importância e seus significados como referência cultural, o que justifica que o registro não esteja restrito às três regiões inicialmente previstas”, explica a cientista social da superintendência do Iphan em Minas Gerais, Corina Maria Rodrigues Moreira.
Valor cultural
Os “Modos de fazer o Queijo Minas Artesanal” se baseiam em saberes e fazeres dinâmicos, inscritos histórica e cotidianamente na paisagem, na tradição e nas práticas das regiões onde ocorrem, constituindo uma marca identitária e uma rede própria de sociabilidades ancoradas na atualização diária da memória e dos conhecimentos transmitidos de geração em geração.
Mais que um conjunto de saberes e técnicas, o bem constitui um conhecimento tradicional e um traço marcante da identidade cultural dessas regiões. O produto se integra à vida cotidiana e às formas de sociabilidade alimentar. Em cada uma das regiões, os detentores do conhecimento forjaram um modo de fazer próprio, expresso na forma de manipulação do leite, dos coalhos e das massas, na prensagem, no tempo de maturação (cura), conferindo a cada queijo aparência e sabor específicos, também marcados pelas características naturais das regiões onde são produzidos.
![Patrimônio passa a ser inscrito no livro do Iphan como %u201CModos de fazer o Queijo Minas Artesanal%u201D(foto: Aprocan/Divulgação) Produção do queijo canastra, em Minas Gerais](https://i.em.com.br/XopU50C4ypy91fdgJgEk1ryAchY=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/11/11/1322119/producao-do-queijo-canastra-em-minas-gerais_2_54054.jpg)
De acordo com o Iphan, os bens registrados como Patrimônio Cultural passam pelo processo de revalidação a cada dez anos, seguindo o estabelecido no Decreto n º 3.551/2000. O objetivo é investigar sobre a atual situação do bem cultural, verificar mudanças nos sentidos e significados atribuídos ao bem, entre outros aspectos. A revalidação também busca dar subsídio a ações futuras de proteção e valorização do patrimônio imaterial.
Os processos de revalidação não visam destituir o título de Patrimônio Cultural do Brasil de qualquer bem registrado pelo Iphan. A retirada do título pode ocorrer, em hipótese remota, caso a prática deixe de existir ou os próprios detentores assim desejarem, por exemplo. Os detentores são convidados a participar de todas as etapas do processo de revalidação e contribuem com a elaboração do Parecer de Reavaliação, que é disponibilizado para manifestação de toda a população.