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Estado de Minas VIABILIDADE TÉCNICA

Em novo esforço para investimento, Uberlândia entrega estudo sobre basalto

O estudo é um desdobramento das pesquisas conduzidas desde 2017 pela gestão municipal em conjunto com a empresa do setor


28/10/2021 11:17 - atualizado 28/10/2021 11:23

Tela em que é apresentado o resultado do estudo sobre a eficiência do uso do basalto
Os resultados foram apresentados a mineradoras que atuam no município (foto: Valter de Paula/Secretaria de Governo e Comunicação/PMU)
Um estudo de viabilidade técnica e ensaio de eficiência agronômica do pó de basalto como um remineralizador de solo foi apresentado pela Prefeitura de Uberlândia em busca de atração de investimentos locais. Os resultados foram apresentados a mineradoras que atuam no Município do Triângulo Mineiro.
 
O estudo é um desdobramento das pesquisas conduzidas desde 2017 pela gestão municipal em conjunto com a empresa Companhia de Promoção Agrícola e Tecnologia Campo. O relatório apresentado ainda teve o apoio da concessionária de ferrovias VLI na sua elaboração.
 
O solo de Uberlândia é rico nesse tipo de rocha silicática e as informações contidas no material atestam sobre a qualidade do pó de rocha originário de Uberlândia e poderão ser utilizadas pelas empresas na obtenção de registro junto ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para produção e comercialização do subproduto da mineração.
 
A composição mineral e as características físico-químicas do pó de basalto do município evidenciaram a viabilidade de sua utilização na melhoria da qualidade do solo, atendendo exigências de instrução normativa do Mapa.
 
Como remineralizador de solo, o pó de basalto é capaz de auxiliar na recuperação da terra da forma mais natural possível e com viabilidade econômica, que é o grande desafio de todo produtor.

O material possui destaque para as concentrações de cálcio, magnésio e potássio. Os estudos apontam para aumento de rendimento na produção e melhora de sanidade das plantas, com maior retenção de carbono no solo e maior resistência às intempéries. Consequentemente, o minério colabora na redução do uso de fertilizantes sintéticos, que encarecem os custos da lavoura.
 
“Já no início dos estudos, constatamos um aumento de 10% no peso de 1 mil grãos de soja cultivada em solo que teve aplicação do pó de basalto. Isso é um exemplo do potencial que esse produto tem na produção agrícola”, relatou o engenheiro agrônomo que participou do estudo, Marcos de Matos Ramos.
 

Pequenas propriedades

A secretária municipal de Agronegócio Economia e Inovação, Thalita Jorge, destacou a experiência da equipe técnica da pasta, que também conduz um estudo local sobre a aplicação de pó de basalto em pequenas propriedades rurais. Atualmente, há dez experimentos em andamento.

“Em um dos experimentos, de cultivo de couve, houve a percepção do próprio produtor de que as folhas se desenvolveram mais, além de terem se desenvolvido em um tipo de solo que não era considerado produtivo por ele. É uma informação que nos deixa felizes e satisfeitos, pois estamos no caminho de mais uma solução para apoiar os produtores locais”, destacou a secretária.
 
“Eu acredito que estamos diante de uma nova revolução agrária com a disseminação do uso do pó de rocha na remineralização do solo. Aqui em Uberlândia, o pó de basalto é abundante, rico em minerais e esse estudo entregue aqui hoje para as mineradoras é um novo passo para fortalecer a logística em torno do produto”, disse o prefeito Odelmo Leão.
 
Em julho, a empresa de mineração Luvas Mineradora anunciou investimento de até R$ 200 milhões em Uberlândia para construção de uma nova planta da empresa. O empreendimento ficará na rodovia BR-050 e pretende gerar aproximadamente 250 empregos diretos e indiretos. O projeto faz parte de um esforço da prefeitura local para difundir o pó de basalto.


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