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Estado de Minas OPEN BANKING

Bancos poderão compartilhar dados de clientes a partir desta sexta; entenda

Ação faz parte da segunda fase do Open Banking. Todos os dados só serão compartilhados se os clientes permitirem


12/08/2021 19:01 - atualizado 12/08/2021 20:51

Podem ser compartilhados dados cadastrais, transações bancárias e linhas de crédito (foto: Reprodução/ Pixabay )
Podem ser compartilhados dados cadastrais, transações bancárias e linhas de crédito (foto: Reprodução/ Pixabay )
A partir desta sexta-feira (13/8), o Banco Central (BC) inicia a segunda fase de implementação do Open Banking no Brasil. Nesta etapa, os clientes, se quiserem, poderão permitir que a autarquia compartilhe seus dados financeiros com outras instituições participantes do sistema. 

 

Segundo o BC, Open Banking é a "possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente". 
 
A primeira fase do sistema começou em fevereiro deste ano e, nesta sexta, o cronograma segue para a 2ª fase, com o início do compartilhamento de dados cadastrais e transacionais dos clientes. A previsão é que esta etapa seja finalizada em 30 de agosto.
 
Para os usuários do tipo pessoa física, o principal benefício será a oferta de produtos e serviços mais adequados ao seu perfil, com custos mais acessíveis. Segundo Caio Bretones, fundador e CEO da Mobile2you, o Open Banking vai tirar as instituições financeiras da zona de conforto.
 
"Nessa fase, as pessoas poderão validar o compartilhamento das informações. Isso vai fazer as instituições financeiras se inovarem, sair da zona de conforto. O que pode banalizar os serviços que eles já oferecerem, porque as outras instituições terão possibilidade de conceder melhores opções do que seu banco te dá", explica Caio.
 
O que vai ser compartilhado?
 
Dado o OK para o compartilhamento de seus dados financeiros, o cliente está liberando que o Banco Central forneça algumas informações para a instituição que solicitar. Apesar de parecer simples, os bancos não podem apenas pedir ao BC.
 
O cliente deve ser consultado pela instituição financeira e, somente, quando ele liberar a solicitação de dados é que os bancos e demais empresas do ramo poderão pedir ao BC.
 
Ou seja, a segunda fase vai permitir que o Banco Central compartilhe seus dados financeiros quando você mesmo autorizar. 
 
"Quando você precisa fazer um financiamento em outro banco e te pedem extrato de um período maior do que é possível tirar pela internet banking, demora muito para ter as respostas de um dado que é seu. Nesse caso do Open Banking, você concorda que suas informações ficarão disponíveis no BC e as instituições podem consulta-las, quando houver sua permissão. É um aval para que, quando eu quiser e tiver a necessidade, o banco pode usar. Mas os dados são meus, então eu permito se for preciso", explica Bretones.
 
Segundo o Banco Central, os clientes que autorizarem o compartilhamento, estarão permitindo acesso a: 
  • Dados cadastrais (ex: nome completo, CPF, endereço);
  • Informações sobre transações em suas contas (ex: extratos);
  • Cartão de crédito (ex: limites, operações);
  • Produtos de crédito contratados (ex: empréstimo).
Condições personalizadas
 
Segundo Caio, a utilização do sistema vai estimular a criação de soluções mais personalizadas para os clientes, inclusive com custos mais 'em conta'. "Você vai autorizar que outras instituições utilizem essas informações para oferecer produtos financeiros. Elas farão a avaliação traçando as melhores opções de contratação com base no seu perfil daquele momento".
 
O dia do lançamento
 
A data escolhida para lançar a segunda fase do sistema carrega superstições e algumas tradições. Sextas-feiras 13 são famosas em filmes assustadores, mas para a internet também há problemas. A data é tradicionalmente sujeita à disseminação de vírus e outros ataques cibernéticos, e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) emitiu um comunicado para os clientes terem cuidado redobrado.
 
Algumas tentativas de golpe podem ser feitas, como convites para ações do banco por SMS. Além disso, é importante evitar clicar em links enviados por outros canais, como e-mails. 
 
"É uma data complicada, se a Febraban alertou para isso, talvez não fosse o melhor dia, mas agora é evitar clicar links suspeitos, que não são dos canais oficiais do banco. E também, dar o OK no compartilhamento de dados, se for necessário. Isso é opcional, então se você não for precisar de algum produto financeiro com urgência, também pode esperar um pouco para autorizar", finaliza Caio Bretones.
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira 


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