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Estado de Minas PATRIMÔNIO CULTURAL DO ESTADO

Governo de Minas lança Plano de Desenvolvimento da Cozinha Mineira

A ação dá início ao reconhecimento da cozinha de Minas como patrimônio cultural do Estado


19/02/2021 20:54 - atualizado 19/02/2021 22:22

O 'Plano Estadual de Desenvolvimento da Cozinha Mineira' é o primeiro passo para tornar a cozinha mineira patrimônio cultural do Estado (foto: Pedro Gontijo / Imprensa MG)
O 'Plano Estadual de Desenvolvimento da Cozinha Mineira' é o primeiro passo para tornar a cozinha mineira patrimônio cultural do Estado (foto: Pedro Gontijo / Imprensa MG)
A cozinha mineira é sinônimo de acolhimento, afeto, hospitalidade e diversidade, mas também de desenvolvimento socioeconômico para Minas Gerais.
 
Com objetivo de fomentar e promover um dos mais importantes atrativos turísticos do estado como vetor de crescimento econômico e desenvolvimento social, o governador Romeu Zema e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) lançaram, nesta sexta-feira (19/2), o “Plano Estadual de Desenvolvimento da Cozinha Mineira”. 
 

O “Plano Cozinha Mineira” integra o Programa Estadual de Desenvolvimento da Gastronomia Mineira (PEGM) e propõe a implantação de políticas públicas e privadas voltadas para a gastronomia mineira. São 72 iniciativas, com o valor total estimado em R$ 163 milhões, para serem executadas de 2021 a 2024. 

Desenvolvimento


O governador destacou a importância do fomento à gastronomia para o desenvolvimento econômico e social do estado.

"Tenho certeza de que empregos serão gerados. Ficamos entre os dez destinos mais hospitaleiros. E muito disso se deve à gastronomia.  Com certeza o plano vem para sacramentar mais ainda esse destino turístico interessante que é o nosso estado. Que este projeto frutifique, em todos os cantos de Minas, trazendo mais turistas, divulgando a nossa cultura. Pra mim é um orgulho termos algo que é da nossa terra e que nos distingue de outros estados", disse.

Entre as iniciativas estão a criação de uma linha de financiamento, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), para micro e pequenas empresas com condições e recortes específicos para o setor de gastronomia, a criação de um atlas da gastronomia e o reconhecimento de registro da Cozinha Mineira como Patrimônio Cultural de Minas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), entre outras ações. 

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, também ressaltou que o plano posiciona a cozinha mineira como um setor que pode alavancar o crescimento do estado. 

"Em 2019, foram gerados R$ 20 bilhões a partir da cozinha mineira, e não só aqui no estado. Nós temos mais de 4 mil restaurantes fora de Minas dedicados a nossa cozinha. 30% do nosso turismo vem da gastronomia. É interessante porque é possível entrelaçar Minas Gerais por todos os circuitos, a partir da cozinha mineira, mostrando o modo de fazer, o modo de comer, o modo de estar, as festas, enfim, todo o aparato que é a cozinha mineira", afirmou.

Também participaram do lançamento o secretário-geral, Mateus Simões; a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Valentini; o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio; o deputado estadual Professor Irineu; o chefe da Coordenadoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, promotor de Justiça Marcelo Azevedo Maffra; entre outras autoridades.

Patrimônio cultural imaterial


Durante a cerimônia, o presidente da Frente da Gastronomia Mineira, Ricardo Rodrigues, afirmou que o plano reconhece a comida mineira como patrimônio do estado. "Nós somos o estado da gastronomia. A importância desse plano é que foi feito a várias mãos, um trabalho em conjunto com 20 entidades públicas e do poder privado. A gente reconhece, com esse projeto, a cozinha mineira como patrimônio. A gastronomia é um dos principais pontos que Minas", comentou.

Cultura


A riqueza da cultura alimentar em Minas Gerais, com seus aromas, produtos, técnicas e sabores, faz parte dos estudos realizados pelo Iepha-MG. O reconhecimento do modo de fazer do Queijo Minas Artesanal da região do Serro é um dos primeiros registros de patrimônio cultural imaterial realizados no Brasil, em 2002. Outros passos importantes foram o inventário das Farinhas de Mandioca e de Milho e o Atlas da Cultura Alimentar de Minas Gerais. 

Um dos objetivos é criar instrumentos técnicos que auxiliem no reconhecimento da Cozinha Mineira como patrimônio cultural do estado de forma ampla e participativa. A elaboração do atlas vai permitir o mapeamento, a identificação e valorização de produtos, alimentos, pessoas e modos de fazer de uma série de bens culturais que compõem os sabores e as práticas da cultura alimentar mineira. 

Por meio desta iniciativa, a gastronomia dialoga com turismo, pesquisa, inovação, tecnologia, desenvolvimento territorial, geração de emprego e renda, preservação e valorização cultural, saúde, bem-estar, qualidade de vida, políticas públicas e desenvolvimento econômico.
 

Programa Estadual


Para a condução do PEGM, foram criados cinco grupos de trabalho divididos entre os temas: Plano Estadual de Desenvolvimento da Gastronomia; Fortalecimento Institucional da Cadeia Produtiva; Inovação e Pesquisa; Gastronomia Social e Cultura Alimentar; Promoção, Divulgação e Internacionalização da Gastronomia Mineira.

Participam destes grupos as secretarias estaduais de Cultura e Turismo, de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa); e de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede); Iepha-MG; Fundação João Pinheiro (FJP); Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG); Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge); Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA); Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig); Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig); o Serviço Social Autônomo (Servas); Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG); Frente Mineira da Gastronomia (FMG); Fiemg;  Sebrae-MG; Sistema da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Sistema Fecomércio-MG); Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG) e Sistema da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg).
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira 


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