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Estado de Minas 3,7 MIL POSTOS DE TRABALHO

Nova Serrana fecha vagas de emprego e tem o pior desempenho do Centro-Oeste

Presidente do Sindinova atribui perda de empregos em 2020 à pandemia e diz acreditar em recuperação lenta no primeiro semestre deste ano


02/02/2021 16:20 - atualizado 02/02/2021 17:00

A cidade é polo calçadista de Minas Gerais e referência em empregabilidade.(foto: Jornal O Popular - Nova Serrana)
A cidade é polo calçadista de Minas Gerais e referência em empregabilidade. (foto: Jornal O Popular - Nova Serrana)
Nova Serrana, polo calçadista de Minas Gerais, despencou no ranking de geração de empregos e teve o pior desempenho da região Centro-Oeste do estado em 2020. É o que mostra o levantamento realizado pelo Sine de Itaúna com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), liberados pelo Ministério do Trabalho. O resultado foi o pior desde 2018, quando o município fechou o ano com 322 postos encerrados.

 

A cidade aparece na primeira posição no levantamento dos 10 piores acumulados do ano passado. Entre janeiro e dezembro de 2020, Nova Serrana registrou 14.350 admissões e 18.113 desligamentos, encerrando com saldo negativo de 3.763 postos de trabalho. Com estoque de 20.846 empregos formais, a queda da força de trabalho foi de 15,29% nos 12 meses.

 

A indústria foi a responsável em puxar a queda no ranking da empregabilidade, com 3.487 vagas encerradas em 2020. Na sequência aparecem o comércio (-221), serviços (-65), construção (-1). A agropecuária foi o único setor a se manter no positivo, com saldo de 11 postos de trabalho no ano passado.

 

Nova Serrana também lidera o pior desempenho de dezembro de 2020. Na ocasião, 1.538 vagas de emprego foram encerradas. Foram 430 contratações contra 1.928 demissões. A indústria também foi as principal a impactar nos índices. A variação entre admissões e desligamentos foi de 10,26%.

 

Reflexo da pandemia

 

A pandemia do novo coronavírus foi a responsável, segundo o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Calçados de Nova Serrana (Sindinova), Ronaldo Andrade Lacerda, pelos números negativos. “No ano passado, as lojas que vendem calçados, clientes das fábricas, são consideradas não essenciais, então quando tinha qualquer problema, elas eram as primeiras a serem fechadas. Isso resultou em menos encomendas para as fábricas”, explica. O impacto na produção anual variou entre 15% a 25%.

 

“É o que reflete. Temos aqui 20 mil empregos, perdermos 15% da força de trabalho no ano”, justificou.

 

Com cenário incerto, ele projeta uma recuperação lenta neste primeiro semestre de 2021. “Não vemos nenhuma recuperação para este semestre, ainda porque o cenário é muito incerto. O nosso canal de venda maior são lojas fixas e esse canal está, em algumas ocasiões, se mantendo fechado. Acreditamos em uma recuperação no segundo semestre”, projeta. O fim do auxílio emergencial é outro item que pode tornar mais lenta essa recuperação.

 

“No final do ano passado, no segundo semestre, este auxílio gerou um impacto positivo, como terá negativo agora no início deste ano, principalmente no primeiro trimestre. Era um dinheiro que chegava para o desempregado que ajudava muito. Agora resta saber quantos destes vão conseguir emprego”, analisa.

 

Divinópolis, polo do Centro-Oeste, aparece em segunda posição no ranking dos municípios com o maior número de postos de trabalho encerrados em 2020. Foram 21.813 contratações e 22.318 demissões ao longo do ano passado, saldo de -505 vagas. Na sequência aparecem Perdigão, Araújos, Martinho Campos, Itapecerica, São Gonçalo do Pará, Leandro Ferreira, Japaraíba e Cana Verde.

 
Cidades destaques

 

Na contramão, Cláudio se destacou no ano passado e puxou o ranking das cidades empregadoras da região. Foram 4.297 admissões contra 3.544 demissões, saldo positivo de 753 postos de trabalho. Em seguida aparece Itaúna, com 10.693 contratações e 10.157 desligamentos, saldo de 536.

 

No ranking das 10 melhores também aparecem, nesta sequência, Campo Belo, Formiga, Lagoa da Prata, Oliveira, Carmo do Cajuru, Arcos, Santo Antônio do Amparo e São Sebastião do Oeste.

 

 

 

*Amanda Quintiliano especial para o EM

 


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