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Estado de Minas CRISE

Mais de 60% dos jovens estão inadimplentes em BH

Faixa etária entre 18 e 24 anos vai na contramão dos demais habitantes da capital, em que o número de endividados no ano passado fechou em queda de 7,39%


21/01/2021 13:33 - atualizado 21/01/2021 15:31

Falta de planejamento financeiro é um dos motivos apontados por especialistas(foto: Pixabay/Reprodução)
Falta de planejamento financeiro é um dos motivos apontados por especialistas (foto: Pixabay/Reprodução)
Os jovens de Belo Horizonte, na faixa etária entre 18 e 24 anos, são os que apresentaram maior índice de inadimplência no ano passado, revelou pesquisa divulgada nesta quinta-feira (21/1) pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH). Diferentemente dos demais cidadãos devedores, que fecharam o ano de 2020 em queda de 7,39%, a juventude da capital que não conseguiu pagar suas dívidas avançou 62,13%. Esse índice é ainda maior (76,45%) quando a base da pesquisa é ampliada para todo o estado. 

O estudo destaca que a inadimplência é mais acentuada entre os jovens pelo fato de eles serem mais sensíveis ao lidar com situações de incertezas e não possuírem planejamento financeiro. “É importante destacar que a tendência de inadimplência entre os jovens vem sendo observada nos últimos nove meses”, destaca o presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva.
 
Embora as mulheres apresentem situação mais desfavorável no mercado de trabalho, com menores rendimentos reais e maior taxa de desemprego, quando comparadas aos homens, a distância no indicador de inadimplência diminuiu nos últimos meses de 2020.

Na análise por gênero, a pesquisa mostra que houve desaceleração para ambos: de 8,13% entre os homens e 7,92% entre as mulheres. No estado, o indicador também apresentou queda para ambos os gêneros: 5,71% entre os homens e 6,46% entre as mulheres.
 

Motivos para a queda


Ao comparar os meses de novembro e dezembro do ano passado, a pesquisa apontou queda na inadimplência de 0,59%. O resultado, segundo o presidente da entidade, pode estar relacionado ao funcionamento do comércio de bens e serviços, o saldo positivo na geração de empregos formais, a transferência do auxílio emergencial via governo federal e o pagamento do 13º.

“Esses fatores  possibilitaram que as pessoas cumprissem suas obrigações financeiras, deixando o cadastro de negativados”, disse. O indicador de dívidas mostra que em dezembro de 2020, na comparação o mesmo mês do ano anterior, houve queda de 10,55%. 
 
Assim como na capital mineira, a inadimplência entre os consumidores de Minas Gerais vem desacelerando. Em dezembro de 2020, na comparação com o mesmo mês de 2019, a queda foi de 5,29%.

“Além do auxílio emergencial e do pagamento do 13º salário, estamos tendo uma mudança no comportamento financeiro das famílias devido ao momento de incerteza em função da pandemia”, explicou  Marcelo de Souza e Silva.

Na comparação mensal, a queda da inadimplência foi de 0,69%. 
 

Inadimplência entre empresas

O indicador de devedores das empresas da capital mineira fechou o ano de 2020 com retração de 10,89% ante um avanço de 4,28% em 2019.

Com as medidas adotadas pelo governo para o enfrentamento da pandemia de COVID-19, como a flexibilização para negociar algumas pendências financeiras e com as empresas revisando a gestão financeira dos seus negócios, o cadastro de inadimplentes foi reduzido.

Ao analisarmos a inadimplência entre as pessoas jurídicas de Minas Gerais, o índice de desaceleração ficou em 10,5% frente a um avanço de 1,85% no ano de 2019. 


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