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Estado de Minas CRIATIVIDADE

Bares e restaurantes de BH inovam para tentar driblar prejuízo

Rodízio de comida japonesa em drive-thru e boteco em casa são alguns dos artifícios para manter a clientela, diante das restrições impostas pelo coronavírus


12/01/2021 12:35 - atualizado 12/01/2021 22:22

Os clientes não precisam sair do carro para degustar o rodízio de comida japonesa(foto: Yakan/Divulgação)
Os clientes não precisam sair do carro para degustar o rodízio de comida japonesa (foto: Yakan/Divulgação)
Medidas restritivas impostas por decretos em Belo Horizonte que visam evitar a propagação do contágio da COVID-19 como a Lei Seca e a proibição de consumo presencial em bares e restaurantes da capital obrigaram os donos dos estabelecimentos a se reinventarem para não perder cliente e renda. A necessidade trouxe a criatividade e, assim, muitas novidades surgiram, do “buteco na caixa” ao primeiro rodízio drive-thru de comida japonesa do Brasil. 
 
Diogo Leite, de 34 anos, sócio-proprietário de um restaurante de comida japonesa situado na Savassi, criou uma forma de oferecer o rodízio aos clientes já que o consumo no local está proibido, devido ao Decreto nº 17.328, de 2020. 
 
Segundo Diogo, desde o início da pandemia ele não demitiu nenhum dos seus 20 colaboradores e a criatividade foi fundamental para criar essa condição: “Tivemos que nos reinventar e os clientes têm nos abraçado. Inclusive teve pessoa que não tinha coragem de frequentar um restaurante e achou a ideia interessante, por ser mais seguro o consumo dentro do carro e não ter que compartilhar o ambiente”.
 
Todo o sistema utiliza vasilhas de delivery descartáveis onde os alimentos são entregues, dentro do carro, embalados. Também é entregue uma sacola de papel para o descarte dos resíduos, que é recolhida pelo garçom ao final do serviço.

Devido ao novo modelo, os custos aumentaram. “Tive que fazer investimento porque algumas embalagens eu não tinha, como a de servir o sorvete. Mas não vou repassar esse custo para o consumidor porque eu gastei com embalagens, mas vou economizar com a lavagem do vasilhame”, pontua o proprietário. 
 
No drive-thru, o sistema de pedidos é semelhante ao presencial: eles são feitos on-line, por meio de um tablet do estabelecimento, e levados pelo garçom até o carro.

Além disso, o cliente pode ouvir uma playlist disponibilizada pelo restaurante, tudo para reproduzir a experiência de estar dentro do local e se sentir confortável. 
 
“Esse sistema surgiu devido à nova necessidade. Nós não podemos ser negligentes e nem negar que o vírus exista, mas também não precisamos desistir ou cruzar os braços. Existem formas de contornarmos a situação de maneira segura”, ressalta Diogo. 
 
No primeiro dia do rodízio drive-thru, os carros ficaram estacionados numa rua próxima ao restaurante. Agora, a novidade é que o cliente terá estacionamento exclusivo – o proprietário fechou contrato com um local ao lado para oferecer mais conforto e segurança. 
 

O boteco na sua casa


Se não se pode ir ao bar degustar dos muitos petiscos que só um "bar raiz" consegue oferecer, o boteco, então, vai até você. Essa é a proposta de um bar do Bairro Buritis, que criou o “Buteco na caixa” e leva até a casa do cliente opções de caixas em três tamanhos e preços diferentes, com as porções de petiscos que eram servidas no bar, além das cervejas.
Tudo de gostoso que um boteco pode oferecer dentro de uma caixa. Essa é a proposta de um bar para enfrentar a pandemia(foto: Cantim/Divulgação)
Tudo de gostoso que um boteco pode oferecer dentro de uma caixa. Essa é a proposta de um bar para enfrentar a pandemia (foto: Cantim/Divulgação)
 
Um dos sócios, André Gasbarro, de 43, conta que o estabelecimento preza pela entrega personalizada, para que os alimentos cheguem em bom estado e a cerveja ainda bem gelada.

Por isso, a caixa não está disponível nos aplicativos de entrega de comida, apenas nos pedidos feitos diretamente nos contatos do bar. A entrega é em toda a BH. 
 
“A ideia surgiu durante a pandemia, no final do ano passado, quando veio a Lei Seca que restringiu o consumo de bebidas alcoólicas no estabelecimento. Essa ideia nos salvou porque estávamos bem no momento em que precisávamos pagar a segunda parcela do 13º salário dos funcionários”, explicou André.

Segundo ele, o “buteco na caixa” foi bem aceito, principalmente, no período das festas virtuais de final de ano. 
 
“Tivemos muita adesão de empresas que, por ser final de ano, mandavam as caixas aos funcionários para a confraternização virtual. Cada um recebia sua caixa e todos, de forma on-line, se reuniam para comer e beber no mesmo momento”.  
 
Para André, quem mais sai ganhando é o cliente: “É até um pouco mais barato pedir a caixa porque a gente faz um mix de tira-gosto para ter mais opções e o cliente sai ganhando com a variedade”. 
   



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