O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quinta-feira, 3, que a concentração de terra e água na região do semiárido contribui para "níveis expressivos de exclusão de social" e "degradação ambiental". Durante a abertura do Fórum de Desenvolvimento do Semiárido 2020, ele destacou que as políticas para a região de combate à seca devem enfrentar à concentração de privilégios.
"A redução dos efeitos desfavoráveis da seca passa pela adoção de políticas que enfrentem os problemas de concentração de terra, de água, de saber, de oportunidade e de renda", declarou. "Em muitos casos ainda hoje, as únicas políticas oficiais destinadas à região são aquelas que combatem a seca voltadas a grandes obras normalmente destinadas aos mais ricos e vinculadas ao assistencialismo para os mais pobres", acrescentou.
Mourão citou também a desigualdade na região e a dependência de benefícios do governo. "Metade da população que aqui vive não possui renda monetária ou tem como única fonte os benefícios governamentais." Ele ressaltou que o governo do presidente Jair Bolsonaro estará empenhado em implementar as propostas debatidas no fórum com o objetivo de tornar o semiárido "moderno, produtivo, gerador de emprego e renda e fornecedor de alimentos para o mundo".
Presente no evento, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, também reforçou o comprometimento do Executivo em atender a região. "Manter o sertanejo na dependência do Estado é mais simples e rende votos, mas o povo brasileiro merece mais do que o paternalismo. Brasileiros merecem a liberdade de trabalhar para o seu futuro", afirmou Ribeiro.
O ministro ressaltou ainda a necessidade de investimentos em políticas de alfabetização. "O semiárido não se tornará uma nova fronteira de progresso sem transformação do contexto da educação básica", disse. O fórum é uma iniciativa da Frente Parlamentar Mista em Prol do Semiárido e ocorrerá até sábado, 5. O evento servirá de base para a construção do novo Plano de Desenvolvimento do Semiárido (PDS).
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