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Estado de Minas

PIB pode cair até 7,3% neste ano

Desemprego e inflação em alta, fechamento de empresas é cenário apontado por estudo apresentado pela CNI que indica a empresários que agora devem ser tomadas medidas menos cautelosa


postado em 11/05/2020 12:57

(foto: Pxfuel.com)
(foto: Pxfuel.com)

O acréscimo de um milhão de pessoas desocupadas aos de 12,5% desempregados em dezembro deste ano, em relação ao primeiro trimestre, é o que aponta o Informe Conjuntural divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Este seria o cenário mais provável, segundo a entidade, caso haja queda 4,2% no Produto Interno Bruto (PIB), que ocorreria em decorrência da flexibilização da quarentena ainda em maio, mesmo assim, se as políticas de auxílio econômico forem suficientes para impedir a insolvência de um número grande de empresas e evitar a redução da renda das famílias durante o isolamento social.

 

O encolhimento de 7,3% do PIB brasileiro é o cenário mais pessimista entre três simulações constantes do documento, todas levando em conta a implementação de medidas econômicas definidas pelo governo federal. A previsão mais otimista é a queda de 0,9% da soma de todos os bens e serviços produzidos no país, desde que as decisões do setor econômico apresentem resultados positivos.

 

A CNI considera que o fechamento de empresas, aumento do desemprego e queda na renda dos brasileiros serão inevitáveis, mas podem ser amenizadas dependendo do grau de sucesso das propostas da equipe econômica. O fato de o comércio internacional ter sido bastante afetado pela pandemia, dificultará o crescimento das exportações brasileiras.

 

“A expectativa é de que as medidas econômicas para enfrentar a crise vão, neste cenário, possibilitar uma recuperação mais rápida, impedir a falência de um grande número de empresas e o aumento significativo do desemprego, além de reduzir os impactos sobre problemas logísticos, falta de insumos e sobre o emprego e, assim, possibilitar uma recuperação mais rápida”, explica o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

 

Na avaliação da CNI, o estado deve continuar buscando a redução da dívida pública, se comprometer com o equilíbrio fiscal e com o controle da inflação, de forma "a aumentar a confiança no país e a atração de investimento." Para a confederação o governo tem como desafio conciliar essas metas com uma política fiscal expansionista, ainda que controlada, com redução da carga tributária e aumento dos investimentos públicos.

 

“O primeiro passo é manter a agenda da competitividade. Para sair da crise de forma sustentada, o país precisa, mais do que nunca, eliminar o custo Brasil, com uma reforma tributária que crie um sistema mais eficiente e menos complicado”, explica Robson Andrade, que acredita que essa agenda, "ainda que apresente poucos resultados de curto prazo, é fundamental para a atração de investimentos e para o crescimento de longo prazo."

 

Em cenário mais otimista, com uma queda de 0,9% do PIB, apontado pela CNI como "menos provável" as medidas de proteção da renda e de acesso ao crédito evitariam que os efeitos econômicos de março e abril tenham impactos permanentes. "Nesse cenário os impactos da crise são mais brandos, os estímulos fiscais e monetários serão capazes de impulsionar a economia. Por fim, os agentes econômicos, famílias e empresários devem abandonar rapidamente uma postura mais cautelosa tomada durante o período mais severo da crise."

 

Segundo a Confederação em momentos de alto risco as instituições financeiras elevam os custos e as exigências de garantias para realizar as operações. Para a CNI, a saída para o problema do acesso ao crédito exige que o risco seja assumido pelo Tesouro Nacional, como ocorreu na Europa e nos Estados Unidos. “É o único modo de se minimizar pedidos de falência de uma grande quantidade de empresas e o desaparecimento dos empregos”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.


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