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Estado de Minas CONJUNTURA

BB tem lucro recorde


postado em 14/02/2020 04:00 / atualizado em 13/02/2020 21:23

Resultado positivo de R$ 17,8 bilhões em 2019 é o maior da instituição e representa crescimento de 32% sobre 2018(foto: Banco do Brasil/Divulgação)
Resultado positivo de R$ 17,8 bilhões em 2019 é o maior da instituição e representa crescimento de 32% sobre 2018 (foto: Banco do Brasil/Divulgação)

O Banco do Brasil (BB) atingiu lucro recorde de R$ 17,8 bilhões em 2019, resultado 32,1% superior ao registrado em 2018. Somente no último trimestre de 2019, a instituição bancária já alcançava um lucro líquido ajustado de R$ 4,6 bilhões. Este valor representou um crescimento de 20,3% em relação ao totalizado no último trimestre de 2018. Para o presidente do BB, Rubem Novaes, o banco vivencia “um momento bastante feliz na sua história”. “É o maior lucro em termos reais e a rentabilidade sobre patrimônio é excepcional, chegando muito próximo dos nossos parceiros privados”, afirmou na manhã de ontem, em São Paulo, durante anúncio do balanço.

A instituição bancária fechou o ano com uma redução de 2,6% na carteira de crédito ampliada, que somou R$ 680,7 bilhões. Já a carteira MPME (para micro, pequenas e médias empresas) cresceu 8,5% no período, chegando a R$ 64,5 bilhões. Para 2020, a previsão é de que o banco fature de R$ 18,5 bilhões a R$ 20,5 bilhões. A projeção é de que a carteira de crédito tenha alta de 5,5% a 8,5%, a partir de um aumento que deve variar de 10% a 13% no varejo, de 2% a 5% no atacado e de 1% a 4% na esfera do agronegócio.

Crédito rural


O balanço apresentado também documenta piora no âmbito do crédito rural, que teve uma queda de R$ 1,7 bilhão, equivalente a 1%. De acordo com o BB, a redução de R$ 5,6 bilhões na comercialização agropecuária foi compensada pelo aumento na carteira de Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO Rural), de R$ 2 bilhões, e pelo investimento agropecuário, de R$ 2,3 bilhões. A instituição informou ainda que, entre empresários do agronegócio, sua participação de mercado foi de 64,4%, mesmo nível de 2018.

Sobre o crédito rural, Novaes ponderou ser necessário que o governo reconsidere os critérios para concessão. “Não há nada mais importante hoje, no setor rural, do que a revisão das exigências de capital, feitas pelo Banco Central para o crédito agrícola. Nós entendemos que são exageradas essas exigências e, se houver uma redução desses valores, poderá haver uma grande expansão do crédito rural no país", disse Novaes.

Privatização


Perguntado, Novaes afirmou ser favorável à privatização do banco. Ele também garantiu que não pretende implantar, no momento, um plano de demissão voluntária para os funcionários que hoje ingressam por concurso público. “Não teria mudança traumática nenhuma. Quando eu falo em privatização, imagina-se uma revolução. Não é nada disso que se está imaginando. É a gente se ver livre das amarras que o setor público nos impõe”, disse. Segundo ele, a privatização do BB é “inevitável”, mas também “uma decisão política”. “É uma decisão política, está muito acima de nós. Tem que passar pelo Congresso (Nacional) e convencer o presidente da República.”


Grandes registram ganhos recordes


Os quatro maiores bancos do país com ações listadas na Bolsa – Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander – lucraram, juntos, R$ 81,509 bilhões no ano passado, segundo a Economatica, empresa especializada no fornecimento de dados financeiros. Foi considerado o resultado contábil, aquele enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O lucro conjunto desses bancos cresceu 13,1% de 2018 para 2019, superando com folga os principais indicadores da economia.

A inflação oficial, por exemplo, ficou em 4,31% em 2019. As projeções para o PIB de 2019 indicam que a economia cresceu apenas 1,1%. E a CDI, taxa de juros que remunera a maioria dos investimentos de renda fixa, rendeu 4,25%. O segundo maior lucro registrado pelos quatro bancos ocorreu em 2015, quando eles ganharam R$ 73,35 bilhões. A Caixa Econômica Federal não tem ações na Bolsa e ainda não divulgou seu balanço do quarto trimestre de 2018.
 


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