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Estado de Minas

Pesquisa em BH mostra aumento do otimismo com o futuro da economia

Levantamento encomendado pela CDL ao Instituto Quaest mostra que o desemprego afeta menos os belo-horizontinos e que eles estão confiantes de que situação financeira vai melhorar


postado em 08/02/2020 06:00 / atualizado em 08/02/2020 10:42

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


Os belo-horizontinos começaram o ano mais otimistas com as perspectivas econômicas e confiantes de que a situação financeira vai melhorar nos próximos meses. Segundo pesquisa do Instituto Quaest, encomendada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o número de famílias da capital mineira com algum desempregado caiu para 28% – no final do ano passado o percentual era de 41% – e metade (50%) dos entrevistados acha que a vida financeira vai melhorar daqui para frente – apenas 12% acham que vai piorar. Apesar do aumento no otimismo, a maioria das pessoas mantém postura conservadora em relação ao consumo e pretendem economizar mais em 2020. O levantamento mostra que 71% dos entrevistados pretendem gastar menos e apenas 5% pretendem gastar mais.
 
“O ano de 2019 acabou com dados positivos na geração de emprego e na renda dos trabalhadores, assim como nas vendas do comércio. Cresceu a percepção de que as coisas estão começando a melhorar no país de forma geral. Com a aprovação de reformas propostas pelo governo federal e a evolução do processo de recuperação fiscal em Minas Gerais, este ano tende a ser melhor do que o ano passado”, avaliou o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
 
Um dos aspectos que mais influencia a percepção geral sobre a situação econômica, a taxa de famílias com alguém desempregado teve queda significativa do ano passado para o início de 2020. Segundo a pesquisa, em setembro 41% dos entrevistados afirmaram ter alguém em casa sem conseguir achar trabalho; em novembro o percentual passou para 30% e agora está em 28%. O resultado de janeiro foi o melhor desde que o monitoramento começou no início do ano passado.
“A criação de empregos em 2019 foi a maior dos últimos seis anos, com quase 1 milhão de vagas. É um dado que mostra que o pior da crise já ficou para trás e que a retomada chegou, o que justifica o otimismo dos moradores de Belo Horizonte”, diz Marcelo de Souza.
 
Apesar da redução no número de domicílios com alguém desempregado, o percentual de pessoas que estão empregadas mas com medo de perderem o trabalho aumentou. Em novembro de 2019, 27% diziam estar com muito medo de perder o emprego e 35% dos entrevistados afirmavam estar com um pouco de medo. Em janeiro, 38% afirmaram ter muito medo de ficar desempregado e 32% disseram estar com pouco de medo. Ou seja, o número dos que temem perder o emprego passou de 60% no final de 2019 para 70% no início deste ano.
 
Em relação às finanças pessoais, a pesquisa mostra que metade dos belo-horizontinos estão otimistas. Para 50% dos entrevistados a vida financeira vai melhorar nos próximos meses, enquanto para 12% a situação financeira vai piorar. A expectativa positiva com a melhora econômica é maior entre os que ganham acima de 10 salários-mínimos, com 55% considerando que a vida financeira vai melhorar. Entre os que ganham até 3 salários-mínimos o otimismo é menor: 45% acham que a vida financeira vai melhorar neste ano.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


Cautela


Mesmo com boas perspectivas para o futuro, a maioria continua com o pé atrás quando o assunto é aumentar os gastos com compras e pretende economizar mais este ano: 71% dos entrevistados disseram que pretendem economizar mais. Só 5% pretendem gastar mais do que vem fazendo hoje, um claro sinal de conservadorismo no consumo. A cautela se repete entre os estratos de renda, escolaridade ou faixa etária. Todos esses grupos pretendem esperar um pouco mais pra voltar a gastar.
 
“A percepção geral é que algumas questões do governo estão sendo melhor controladas, como por exemplo o gasto público e a redução dos déficits fiscais do país. As pessoas veem o cenário macroeconômico e começam a ganhar mais confiança também em suas economias pessoais. Claro que muitas pessoas, até alguns economistas, esperavam um 'boom' imediato com a chegada de novos governantes e já viram que a aceleração econômica não será tão rápida. Mas ela está acontecendo, ainda que em ritmo menor e acanhado”, afirma o presidente da CDL.
 
O levantamento foi feito entre os dias 16 e 20 de janeiro e ouviu 1 mil pessoas na cidade de BH. O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de retratar a realidade, considerando a margem de erro, que é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.


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