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Estado de Minas CUSTO DE VIDA

Preço da carne cai e desacelera a inflação

Depois de uma alta de 1,15% em dezembro, IPCA fica em 0,21% em janeiro, o mais baixo para o mês desde o início do Plano Real


postado em 08/02/2020 04:00 / atualizado em 08/02/2020 17:43

 
 
Rio – A alta de 0,21% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro, informada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa o mais baixo resultado para o mês desde o início do Plano Real. Considerando todos os meses, o IPCA de janeiro foi o menor deste outubro de 2019, quando subiu 0,1%. Em janeiro de 2019, o IPCA ficou em 0,32%. Como resultado, a taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses desacelerou de 4,31% em dezembro para 4,19% em janeiro, acima do centro da meta de 4% perseguida pelo Banco Central este ano.

A queda no preço das carnes foi o grande responsável pela inflação mais baixa em janeiro. Ela desacelerou a alta nos gastos das famílias com Alimentação e bebidas no mês. Depois de subir 18,06% em dezembro, os preços das carnes recuaram 4,03% em janeiro. Foi o item de maior contribuição negativa para a inflação do mês: -0,11 ponto percentual.

''Os preços não voltaram ao patamar anterior, mas tiveram leve recuo. Se considerar janeiro do ano passado, o patamar (de preço das carnes) está bem mais alto ainda. Não devolveu tudo que tinha subido''

Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE


O IPCA passou de uma alta de 1,15% em dezembro para 0,21% em janeiro. No mesmo período, o grupo Alimentação e bebidas saiu de uma taxa de 3,38% para 0,39%, uma contribuição de 0,07 ponto porcentual. “(A carne) Estava com preço elevado em dezembro, então a gente está comparando com uma base elevada. Os preços não voltaram ao patamar anterior, mas tiveram leve recuo. Se considerar janeiro do ano passado, o patamar (de preço das carnes) está bem mais alto ainda. Não devolveu tudo que tinha subido”, afirmou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
 
O custo da alimentação no domicílio cresceu 0,2% em janeiro, após um avanço de 4,69% em dezembro. As famílias pagaram mais pelo tomate (13,72%, depois de uma alta de 21,69% no mês anterior) e pela batata-inglesa (11,02%). Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,82% em janeiro, ante uma elevação de 1,04% em dezembro. A refeição ficou 1,05% mais cara em janeiro, enquanto o lanche aumentou 0,42%. “A variação da alimentação fora de casa é um pouco mais estável. Os preços não variam tanto quanto na alimentação no domicílio”, explicou Kislanov.


Sob nova estrutura


O IPCA divulgado ontem é o primeiro calculado com base na nova estrutura de ponderação que resultou das alterações de hábitos dos consumidores apontadas na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017/2018 e provocou a retirada de alguns itens e a incorporação de outros. A última alteração, feita na POF de 2008/2009, incluía mais seis subitens que foram retirados na atual.

Entre os 56 novos subitens componentes da cesta e que entraram no cálculo do IPCA está o transporte por aplicativo, a integração transporte público, serviços de streaming e o pacote de telefonia, internet e TV por assinatura. Para entrar na lista, são avaliadas as respostas dos consumidores à pesquisa, e se o artigo ou serviço representar mais de 0,07% das despesas das famílias é incluído na lista de ponderação. “A metodologia em si não mudou, a área de abrangência da pesquisa não mudou. É só uma nova estrutura de ponderação. Uma nova cesta de bens e serviços com novos componentes”, informou Pedro Kislanov.  (Com Agência Brasil)



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