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Estado de Minas JUROS

Menor taxa em 20 anos

Copom reduz Selic de 4,5% para 4,25% ao ano, com cenário de inflação sob controle. Novo corte ocorre em momento de preocupação global diante do surto de coronavírus


postado em 06/02/2020 04:00 / atualizado em 06/02/2020 08:26

Medida foi saudada por setores da indústria, especialmente como resposta à redução dos indicadores do setor no fim de 2019 (foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS %u2013 16/1/18)
Medida foi saudada por setores da indústria, especialmente como resposta à redução dos indicadores do setor no fim de 2019 (foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS %u2013 16/1/18)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic, a taxa básica de juros da economia, de 4,50% para 4,25% ao ano. Este é o quinto corte da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Selic está agora em um novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996. É o menor percentual desde 1999, quando foi instituído o sistema de metas de inflação.
 
O novo corte ocorre em um momento de preocupações com o crescimento econômico global, após a epidemia do coronavírus atingir a China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil. O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a Selic, buscando o cumprimento da meta de inflação, que é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão formado pelo Banco Central e Ministério da Economia.
A meta central de inflação para 2020 é de 4% (com tolerância entre 2,5% e 5,5%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (2,25% a 5,25%). E, para 202, é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (2% a 5%).
 
Quando a inflação está alta ou indica que ficará acima da meta, o Copom geralmente eleva a Selic. Dessa forma, os juros cobrados pelos bancos tendem a subir, encarecendo o crédito e freando o consumo assim, reduzindo o dinheiro em circulação na economia. Com isso, forçando a queda da inflação.
 
De um total de 58 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 47 esperavam por um corte de 0,25 ponto, como ocorreu. Onze casas aguardavam pela manutenção da taxa básica em 4,50% ao ano.
 
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que o Copom acertou ao reduzir a taxa de juros Selic para 4,25% ao ano. "A queda dos juros era esperada, porque a inflação está sob controle. Além disso, há a frustração com o fraco desempenho da indústria no fim de 2019 e mais o surto de coronavírus, que terá impactos negativos sobre a economia mundial", afirmou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, em nota.
 
O executivo afirma ainda que diante do cenário de incertezas, as estimativas de crescimento da economia brasileira estão sendo reduzidas. "Neste momento, a redução dos juros é indispensável para estimular o consumo das famílias e o investimento das empresas", destacou na nota.

REFORMAS A CNI avalia que há espaço para outros cortes na taxa de juros, principalmente se houver avanço na agenda de reformas. "Importantes avanços para melhorar os fundamentos da economia, como a redução dos juros, o controle da inflação e a aprovação da reforma da Previdência, foram feitos em 2019. Mas é preciso fazer ainda mais", afirma Andrade.
 
A entidade defende que o governo, Congresso, empresários e demais segmentos da sociedade se mobilizem para que o país acelere a agenda de reformas e destaca que a prioridade é a reforma tributária. Cita ainda como outras ações imprescindíveis a redução dos custos dos financiamentos, o corte da burocracia, a modernização da infraestrutura, os investimentos em inovação e na formação de trabalhadores.



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