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Estado de Minas ECONOMIA

Guardar dinheiro é a principal meta financeira do brasileiro para 2020, mostra pesquisa

Apenas 16% dos brasileiros conseguiram realizar todas as metas traçadas para 2019; 61% estão otimistas com a economia para 2020 e 65% esperam um ano melhor na vida financeira


postado em 02/01/2020 17:03

Guardar dinheiro é a principal meta financeira para 2020(foto: Divulgação)
Guardar dinheiro é a principal meta financeira para 2020 (foto: Divulgação)
O início de mais um novo ciclo entusiasma muitos brasileiros a planejarem as metas financeiras para o decorrer de 2020. Mas, segundo dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), nem tudo se renova com perspectivas de mudanças. Pelo segundo ano seguido, guardar dinheiro aparece como a principal meta financeira do brasileiro para este ano (49%). Além disso, 30% planejam fazer uma viagem, 28% pretendem comprar ou reformar a casa e 27% querem tirar as finanças do vermelho.
 
O levantamento revela que houve uma queda de 11 pontos percentuais entre os que estão otimistas com o quadro econômico para 2020, passando de 72% para 61% na comparação com os que esperavam um cenário melhor para 2019. Ainda assim, a maioria se mantém otimista. Já 19% acreditam em um ambiente igual e apenas 12% pior. As razões apontadas pelas pessoas que possuem boas expectativas, variam entre o sentimento de que as coisas podem melhorar apesar das adversidades (60%), confiança de que haverá uma recuperação econômica (48%) e a promessa de que o governo fará as reformas necessárias para o país (26%).
 
Também caiu de 72% para 65% a percepção dos brasileiros que esperam uma melhora em sua vida financeira. Outros 21% acreditam que em 2020 sua situação deve ser igual e 7% pior. Para os confiantes, um novo ciclo com perspectivas positivas representa a possibilidade de conseguir manter as contas em dia (57%), economizar e fazer acúmulo financeiro (53%) e realizar algum sonho de consumo (52%). Dentre os que esperam a consumação dos planos, 64% acham que as coisas vão progredir e 49% estão se estruturando financeiramente.
 
Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, mesmo com a percepção menos otimista do que a observada no início de 2019, agora as evidências de uma retomada estão mais fortes. “Ainda que o ano de 2019 tenha exigido contenções de gastos entre os brasileiros, face ao desemprego e à perda do poder de compra, tudo indica que o país voltará a receber investimentos em 2020. A continuidade das reformas estruturais será essencial para preparar as bases de um novo ciclo de prosperidade em um futuro próximo”, observa.
 

Efeitos da Crise

 
Mesmo com o fim o da recessão, alguns problemas ainda permanecem na vida dos brasileiros: seis em cada dez (63%) afirmam que o desemprego e a renda baixa afetaram em seu dia a dia. Compensação, 19% não perceberam algum tipo de reflexo no cotidiano e outros 18% não souberam opinar ao certo. Nesse contexto, muitos consumidores pretendem tomar atitudes para evitar efeitos negativos em 2020. Pesquisar mais preços neste novo ano (46%), ter maior controle sobre as contas da casa (42%), comprar produtos similares de marcas mais baratas (38%), evitar fazer compras parceladas (37%) e fazer reserva financeira (35%) são algumas das estratégias.
 
“Apesar de os brasileiros continuarem sentindo os efeitos de um ambiente econômico que ainda patina, a maioria ainda traça planos para o ano que se inicia. É importante adotar uma postura mais preventiva, que deve vir acompanhada de preparo e de metas para que se possa atingir os objetivos sem se perder no controle das contas”, destaca a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
 

Realizações 

 
Muitos entrevistados revelaram que algumas metas ficaram pelo caminho. De acordo com a pesquisa, 68% conseguiram realizar ao menos um projeto que tinham em 2019, um aumento de 7,3 p.p. em relação a 2018, principalmente cuidar da saúde (25%), pagar dívidas atrasadas (20%), fazer uma reserva financeira (17%), realizar um tratamento odontológico (14%) e comprar ou reformar a casa (10%). Em contrapartida, apenas 16% garantem ter concretizado todos os planos traçados e 15% não alcançaram nenhuma meta planejada.
 
Ao mesmo tempo, a grande maioria dos entrevistados (83%) não conseguiram realizar algum projeto, em especial juntar dinheiro (22%). As justificativas passam pelo fato de 46% acharem o preço das coisas muito alto, de 38% afirmarem que o dinheiro mal deu para pagar as contas mensais e 30% apontarem o surgimento de imprevistos, com gastos extras ligados à saúde, consertos na casa ou carro. Além disso, 21% deixaram de alcançar suas metas por perderem o emprego ou terem alguém de casa na mesma situação.


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