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Estado de Minas ENTRETENIMENTO

TVs por assinatura perdem 1,3 milhão de clientes em um ano

Serviços de streaming e novos hábitos fazem consumidor abandonar operadoras


postado em 04/09/2019 06:00 / atualizado em 04/09/2019 08:40

Na contramão, a Netflix tem 150 milhões de clientes e valor de mercado na casa de US$ 85 bilhões (foto: Mario Telma/Getty Images/AFP)
Na contramão, a Netflix tem 150 milhões de clientes e valor de mercado na casa de US$ 85 bilhões (foto: Mario Telma/Getty Images/AFP)
 
São Paulo – Os novos hábitos de consumo, os avanço dos serviços de streaming e a predominância dos smartphones como objetos de lazer estão afetando os negócios das operadoras de TV por assinatura. De acordo com dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em julho havia 16,5 milhões de domicílios no Brasil com acesso a TVs por assinatura. Na comparação com o mesmo período do ano passado, 1,3 milhão de contratos foram cancelados, o que representa uma queda expressiva de 7,43%.
 
O declínio tem sido vertiginoso. No início de 2017, as TVs por assinatura tinham 18,6 milhões de clientes. Um anos depois, eles somavam 17,8 milhões. Agora, o pior resultado em muitos anos. Não se trata de um fenômeno exclusivo do Brasil. Nos Estados Unidos, o ano de 2019 tem sido marcado como o pior da história das TVs por assinatura, com queda de cerca de 10% do número de assinaturas ante dados de 2018. Em países como China e Japão, as TVs por assinatura estão em queda constante desde o início da década.
 
O caminho parece ser sem volta e vai impor uma série de desafios às empresas que atuam no setor. Algumas delas inclusive apostam na parceria com companhias especializadas em streaming para sobreviver.
 
No Brasil, quase a metade dos domicílios que contam com serviços de assinatura recebe os serviços da Claro (Net), que contabilizou em julho 8,1 milhões de contratos, o equivalente a 49% do total. Em segundo lugar no ranking nacional está a Sky, com 4,9 milhões de assinantes (30% do total), seguida pela Oi (1,5 milhão de assinaturas e 9,5% do mercado) e pela Vivo (1,4 milhão de clientes e participação de 8,6%).
 
Três das quatro líderes de mercado perderam clientes. Maior empresa do setor, a Claro é também a que mais vem sofrendo com as mudanças na sociedade. Em um período de um ano, a empresa viu 760 mil clientes cancelarem seus contratos, o que representa uma redução de 8,5% de seu público.

Entre as quatro maiores, apenas a OI encerrou julho com saldo positivo em relação ao mesmo mês do ano passado. O avanço, porém, foi insignificante: 0,41%, com o acréscimo de 6.383 clientes. O curioso é que a Oi enfrenta grave crise financeira, que culminou em um pedido de recuperação judicial e a desvalorização recorde de suas ações negociadas na bolsa de valores.
 
Os dados da Anatel também mostraram que São Paulo continua liderando com folga o setor, respondendo por 6,1 milhões de contratos. No campo oposto, está Roraima, com apenas 16 mil assinantes no mês de julho.
 
Enquanto as TVs por assinatura enfrentam um declínio sem precedentes, as empresas de streaming conquistam cada vez mais adeptos. Líder com folga do setor, a Netflix possui em seu portfólio 150 milhões de clientes e tem valor de mercado de aproximadamente US$ 85 bilhões.
 
O streaming se tornou um fenômeno global e passou a atrair empresas de diversos setores, como a gigante de e-commerce Amazon. Recentemente, Disney e Apple anunciaram que vão estrear em novembro seus canais de vídeos e filmes.
 
As duas empresas, que atuarão sob as marcas Apple TV+ e Disney, cobrarão o mesmo valor pelo serviço: US$ 9,99 mensais. A Apple pretende atingir US$ 50 bilhões em vendas até 2020, meta agressiva para empresa que sempre se pautou em produtos e não em serviços.

Telefônica confirma investimentos no Brasil


Presidente global da Telefônica – que no Brasil atua sob a marca Vivo –, o espanhol José María Álvares-Palllete se encontrou ontem com o presidente Jair Bolsonaro para reforçar os planos de investimentos da empresa para o Brasil. No triênio 2018-20120, a Telefônica Vivo vai desembolsar R$ 26,5 bilhões em projetos no mercado brasileiro, ou cerca de R$ 9 bilhões por ano. Parte desse dinheiro será destinada para a expansão da fibra. Segundo Pallete, nenhuma outra companhia investiu tanto no Brasil nas duas últimas décadas: foram R$ 40 0 milhões desde 1998.


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