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Estado de Minas MERCADO

Dólar vai a R$ 4,06 e bolsa recua 0,34%


postado em 20/08/2019 04:00

São Paulo – O real foi a moeda emergente que mais perdeu valor ontem ante o dólar. A divisa americana se fortaleceu de forma generalizada na economia mundial, com o presidente Donald Trump e membros de seu governo indo a público no final de semana minimizar os riscos de recessão na maior economia do mundo e ressaltando que as negociações comerciais com os chineses prosseguem. A Argentina também pressionou os mercados, em meio à queda do ministro da Economia e à sinalização de reestruturação de dívida. O dólar à vista fechou em alta de 1,58%, a R$ 4,0662, o maior valor desde 20 de maio, quando bateu em R$ 4,10. No mês, a valorização do dólar já soma 6,45%.
 
Também contribuiu para o fortalecimento do dólar declarações do presidente da regional de Boston do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Eric Rosengren, membro votante das reuniões de política monetária este ano. Ele minimizou o risco de piora da atividade econômica americana, afirmando que o "quadro é positivo” e que não vê motivo para mais corte de juros neste momento. Na Argentina, com o mercado fechado por causa de um feriado local, mas com forte queda dos American Depositary Receipts (ADRs) de companhias do país em Nova York, operadores ressaltam que investidores seguiram vendendo Brasil para fazer face ao aumento do risco no país vizinho. Por ser o mercado mais líquido da região, o Brasil acaba sendo afetado pela zeragem de posições, ressalta o sócio e gestor da Paineiras Investimentos, David Cohen.
 
Cohen avalia que a volatilidade no mercado de câmbio vai seguir alta e as moedas de emergentes vão continuar pressionadas, por conta da maior demanda por dólar na economia mundial, com investidores em busca de proteção. Com isso, mesmo com as notícias positivas locais, o ambiente externo acaba predominando, ressalta o gestor. “O real caiu acompanhando a cesta de moedas emergentes, embora em ritmo mais acelerado aqui”, afirma o responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem.

Ações Com sinais de migração de recursos para ativos mais conservadores, o Índice Bovespa não conseguiu acompanhar o bom desempenho das bolsas de Nova York e fechou em baixa de 0,34% ontem, aos 99.468,67 pontos. Pela manhã, o índice havia chegado a subir 1,14%. A alta de 1,58% do dólar foi um dos principais sintomas da fuga de recursos externos no pregão. Apesar da melhora na percepção de risco para a economia global, o investidor manteve a cautela nos mercados emergentes. Ontem a alta dos preços do petróleo favoreceu a recuperação das ações da Petrobras, que subiram 0,50% (PN) e 1,36% (ON). No acumulado de agosto, no entanto, elas contabilizam perdas superiores a 6%.


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