O Banco do Nordeste (BNB) contratou R$ 18,8 bilhões em operações de crédito nos seis primeiros meses de 2019, com um lucro líquido no período de R$ 744,8 milhões, o maior da história da instituição para um semestre. O lucro é 223% maior do que no mesmo período do ano passado e o montante contratado representa crescimento de 8,2% em comparação com o resultado apurado de janeiro a junho de 2018. Os números estão no balanço financeiro da instituição, a ser publicado nesta quarta-feira.
O resultado operacional do BNB nos seis primeiros meses é de R$ 1,1 bilhão. O valor é 161,1% maior do que no mesmo período de 2018 e decorre do aumento do volume de contratações e desembolsos aliado à redução do aprovisionamento para risco de crédito e redução de despesas administrativas. A instituição tem uma carteira que atingiu 4,5 milhões de clientes.
Em Minas Gerais, onde atua no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha, o Banco do Nordeste aplicou R$ 917,7 milhões de janeiro a junho de 2019, com 122,8 mil operações de crédito contratadas. O microcrédito é um dos destaques no período, com R$ 326,8 milhões destinados a esse segmento da economia.
O presidente do Banco do Nordeste, Romildo Carneiro Rolim, credita o crescimento do resultado ao propósito de tornar o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), operado exclusivamente pela instituição, cada vez mais relevante para sua área de atuação, que inclui os 10 estados nordestinos e o norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo - e, consequentemente, para o país.
Rolim ressalta que além da melhoria do atendimento e da expansão da carteira de clientes em todos os 1990 município na área onde atua, o BNB vem investindo nas busca da eficiência na gestão do uso dos recursos disponíveis na redução das despesas administrativas. "De fato, esse objetivo move cada um dos que fazem a organização. Tal nível de comprometimento institucional, com foco na eficiência, na eficácia e na conformidade, refletiu-se nos resultados do primeiro semestre deste ano, os quais mostram como a empresa desempenha papel fundamental na promoção do bem-estar das famílias e na competitividade das empresas”, afirmou o presidente do Banco do Nordeste.
“Muito mais que números, o importante é o impacto positivo que cada uma das linhas de crédito e das políticas de desenvolvimento promovem, com geração de emprego, renda e qualidade de vida para milhões de pessoas", destaca Rolim. Ele salientou que a instituição mantém as perspectiva de crescimento no segundo semestre, com a previsão de alcançar, até até o final do ano, o patamar de R$ 38,7 bilhões nas contratações de operações de crédito, R$ 27,7 bilhões com recursos do FNE e R$ 11 bilhões destinados ao microcrédito urbano, por meio do Crediamigo.
Aplicados R$ 13,4 bilhões pelo FNE até junho
Nos seis primeiros meses de 2019, foram contratadas pelo BNB mais de 2,5 milhões de operações de crédito. Só com recursos do FNE, o Banco do Nordeste liberou R$ 13,4 bilhões de financiamentos, distribuídos em mais de 250 mil contratos, gerando um resultado 8,9% superior ao do primeiro semestre de 2018.
Para investimentos de infraestrutura, foram destinados R$ 5,7 bilhões no período. "Trata-se de um reforço do apoio do BNB à retomada da atividade econômica regional, com financiamento a empreendimentos nos segmentos de energia, saneamento básico e de água e aeroportos, por exemplo", assegura Romildo Rolim.
Ele destaca que instituição tem o objetivo estratégico de ser o principal agente financeiro das micro e pequenas empresas em sua área de atuação e contratou R$ 1,7 bilhão até junho com esse público, em mais de 20,8 mil operações. O valor é 51% maior do que no primeiro semestre do ano anterior.
O Crediamigo do Banco do Nordeste mantém-se como o maior programa de microcrédito produtivo orientado e urbano da América do Sul. Foram aplicados R$ 4,77 bilhões no semestre, volume 11% superior ao do mesmo período do ano passado, distribuído em mais de 2,1 milhões de operações. Já no microcrédito rural, o programa Agroamigo destinou, até junho, R$ 1,1 bilhão a produtores que contrataram mais de 219 mil operações.