A agência pública de promoção de investimentos no Chile, InvestChile, busca empresas mineiras e brasileiras interessadas em participar de projetos de construção de infraestrutura, mineração e empreendimentos turísticos no país associado do Mercosul.
Missão da agência se reunirá com investidores de Minas na próxima quarta-feira em Belo Horizonte, na expectativa de divulgar mais de 150 oportunidades de investimentos, avaliadas US$ 18 bilhões.
O encontro será realizado na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), patrocinadora do evento incluído num roadshow preparado pela InvestChile no Brasil. As empresas brasileiras ocupam a liderança no ranking de investidores latino-americanos no Chile, com aportes estimados, hoje, em US$ 10 bilhões. A quantia, segundo a agência de promoção comercial, representa cerca de 9% do total aplicado por investidores das Américas no país, e está distribuída entre os setores de finanças, agroalimentos e tecnologia.
Participará do encontro o embaixador do Chile no Brasil, Fernando Schmidt Ariztía. Os empresários de Minas conhecerão as carteiras de investimentos previstos até 2023 no país nas áreas de mineração, energia, agroindústria, serviços internacionais e infraestrutura. Em nota, a InvestChile informa que vai apresentar também programas de licitação de projetos estratégicos, a exemplo do lítio, iniciativa de cabo subaquático Ásia-América Latina e implementação da rede de telecomunicações 5G.
De acordo com o diretor da agência de promoção de investimentos Cristián Rodríguez Chiffelle, o interesse do governo chileno é reforçar, com a programação em Minas e no Brasil, a parceria com investidores brasileiros. "No último ano, temos visto um crescente interesse das empresas brasileiras, que queremos reforçar por meio de ações concretas como esse roadshow e o lançamento de nosso primeiro guia do investidor estrangeiro em português, o que facilitará a chegada de mais empresas do Brasil ao Chile", diz, em nota.
Nos últimos 12 meses, os investimentos brasileiros no Chile passaram a 25 projetos com recursos de US$ 367 milhões, especialmente nas áreas de tecnologia e indústria agroalimentar, frente aos anteriores 14 empreendimentos, com aporte total de US$ 124 milhões. Contendo 80 páginas, o guia do investidor estrangeiro no Chile está disponível nas versões em espanol, inglês e chinês.
Levantamento de dados feito pela Fiemg mostra que a balança de comércio de Minas Gerais com o Chile é superavitária.
O estado responde por 18% das exportações brasileiras de produtos metalúrgicos ao país, mas também se destaca na pauta a indústria de alimentos. O setor é o segundo maior exportador do Brasil para clientes chilenos, com participação de 7% das vendas externas totais originadas em território nacional. Quase 30% das exportações mineiras para o Chile são de alimentos, seguidas de 26,3% de produtos metalúrgicos, e 22,7% de embarques do setor de transportes.
O estado responde por 18% das exportações brasileiras de produtos metalúrgicos ao país, mas também se destaca na pauta a indústria de alimentos. O setor é o segundo maior exportador do Brasil para clientes chilenos, com participação de 7% das vendas externas totais originadas em território nacional. Quase 30% das exportações mineiras para o Chile são de alimentos, seguidas de 26,3% de produtos metalúrgicos, e 22,7% de embarques do setor de transportes.
Governo favorece importados
Portaria do Ministério da Economia amplia a lista de bens de capital que terão alíquota do Imposto de Importação reduzida a zero. A categoria de bens de capital beneficiada inclui maquinário, ferramenta, instalações e outros tipos de equipamentos utilizados para a fabricação de produtos para consumo. A medida foi publicada no Diário Oficial da União de ontem.
Por meio da portaria, que entrará em vigência dentro de dois dias, o governo pretende tornar equipamentos desse tipo, que nem sempre são produzidos no Brasil, mas que são necessários para a modernização ou para o aumento da produção industrial, mais acessíveis para o setor. O governo já havia publicado portaria similar em maio.
Entre os equipamentos citados pela portaria há diversos tipos de caldeiras, motores, elevadores de escavadeiras, motobombas, centrífugas, rotores, fornos, cabeçotes, chapas, hidrolisadores, secadores, máquinas de laminação, rotativas, filtros, rotuladoras, embaladoras, balanças, dosadores, envernizadores, esmaltadores, lavadoras, guinchos, propulsores, guindastes, empilhadeiras, carenagens, cintas, descascadores, polidores, moedores, amassadeiras, masseiras, tostadeiras, fatiadoras, serras, desfibradores, impressoras, cilindros, tornos, perfuradores, prensas, moinhos, misturadores, pavimentadoras, trançadeiras, trituradores, engrenagens, ultrassom, cabos e até máquinas automáticas de café espresso. (Agência Brasil)
Enquanto isso...
...Crescem fusões e aquisições
O número de fusões e aquisições realizadas em Minas Gerais teve crescimento de 18% neste ano, segundo estudo publicado pela empresa de consultoria PwC. Foram registradas, nos primeiros seis meses do ano, 26 transações no estado, ante 22 em idêntico período de 2018. As operações em Minas representaram 7% do total de negócios anunciados no país, que chegou a 390 transações de janeiro a junho. Ainda em Minas, os investidores nacionais têm dominado o mercado, com 20 transações (77%) perante seis (23%) de empresas com origem estrangeira. Em relação aos segmentos de atuação, 29% dos negócios realizados foram de serviços públicos, 23% do setor financeiro, 18% de serviços auxiliares, 18% de varejo e 12% do alimentício. Entre as transações no estado, destacaram-se a compra de 49% de participação da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras), na transmissora Centroeste, pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), e a aquisição da Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerais (Fead) pela Faculdade Arnaldo, no valor de R$ 7 milhões.