Pilotos americanos manifestaram preocupação com a aeronave Boeing 737 Max 8 para as autoridades locais. O modelo é o mesmo do avião que caiu seis minutos após a decolagem, na Etiópia, no último domingo. Todos os 149 passageiros e os oito membros da tripulação morreram no acidente. É a segunda ocorrência do tipo registrada para esse modelo de aeronave em menos de cinco meses.
De acordo com o jornal Dallas News, um capitão americano chegou a classificar o manual de voo da aeronave como “quase criminalmente insuficiente”. O periódico ainda afirma que há cinco reclamações formais sobre o Boeing às autoridades norte-americanas, em especial a FAA, que é a agência federal de avião dos Estados Unidos.
“A maior preocupação é em relação ao mecanismo de segurança, que começaram a ser reportadas após um acidente com um Boeing 737 Max 8 na Indonésia, que matou 189 pessoas”, informa.
Há suspeitas de que um problema com o sistema de piloto automático do avião tenha causado os dois incidentes. “Vários pilotos relatam que a aeronave perde altitude repentinamente”, explica.
Um capitão, de acordo com o Dallas News, afirmou que é “impensável” que as autoridades e as companhias aéreas permitam que a aeronave ainda levante voo pela falta de informação sobre o modelo.
Contudo, de acordo com o presidente da FAA, Daniel K. Elwell, a agência “está revisando excessivamente toda a informação sobre segurança reportada por pilotos sobre o Boeing 737 Max”, mas que ainda não encontrou problemas sistêmicos com a aeronave. “Outras entidades também não relataram problemas”, explica o órgão.
Depois dos dois acidentes registrados com o avião, diversos países, como a China, o Canadá, a União Europeia e a Austrália, proibiram o uso do Boeing 737 Max 8 momentaneamente. No Brasil, a Gol, que tem sete aeronaves desse modelo, optou por suspender temporariamente os voos com elas. Hoje, apenas os Estados Unidos e o Canadá possuem uma frota significativa desses aviões.
*Estagiário sob supervisão do editor Renato Scapolatempore