Além de lojas especializadas em produtos saudáveis, o Brasil tem visto nos últimos anos o crescimento de outros canais de venda, como farmácias e supermercados, que têm dedicado áreas exclusivas cada vez maiores para esse segmento.
Em parte, isso tem sido possível por causa do aumento da oferta e da distribuição de produtos ligados ao bem-estar.
O empurrão tem vindo de algumas das maiores multinacionais dos segmentos de alimentação e bebidas, que tem feito aquisições nesse setor para não ficar de fora de um mercado impulsionado por uma tendência que não deve ter volta, a da procura por itens que agreguem algum tipo de benefício à saúde dos consumidores.
Foi atrás desse consumidor que a Ambev comprou a marca de sucos Do Bem e a Coca-Cola ficou com o controle da Verde Campo, do setor de laticínios.
Outro negócio ruidoso foi a aquisição da Mãe Terra pela Unilever. A multinacional também vem fazendo ajustes no atual portfólio. Foi o que aconteceu com a centenária marca Maisena, de amido de milho, que neste ano lançou a linha de biscoitos integrais Grãos do Bem.
Dados da consultoria Euromonitor projetam que esse mercado brasileiro de alimentos e bebidas saudáveis deverá movimentar algo como R$ 105,6 bilhões em 2021.
As aquisições não têm acontecido apenas no Brasil. A Unilever acrescentou ao seu portfólio a fabricante de chás orgânicos Pukka Herbs, da Inglaterra.
No ramo de beleza, esse interesse também tem aumentado. No início do mês, a multinacional francesa L’Oréal anunciou que pretende comprar a Logocos Naturkosmetik, da Alemanha, especializada em cosméticos veganos.
Em junho, a própria Unilever passou a deter 75% do capital da italiana Equilibra, produtora de itens voltados a cuidados pessoais e suplementos alimentares naturais.