O volume de serviços prestados cresceu 6,6% em junho ante maio, após um recuo de 5,0% no mês anterior. O avanço de junho foi suficiente para levar os serviços a um patamar superior ao de abril, antes que o bloqueio de estradas por todo o País prejudicasse a atividade.
Segundo Lobo, embora o volume de serviços prestados supere o nível de abril, a perda do mês seguinte já foi assimilada à trajetória do segmento no ano.
"No final do ano, se a gente tiver resultado positivo para o setor de serviços, ele teria sido maior ainda se não fosse a greve de caminhoneiros, que provocou perdas irreparáveis. Se for negativo, ele poderia ter sido menos negativo se não fosse a greve", resumiu Lobo.
O desempenho extraordinário dos serviços em junho ante maio, com a maior elevação da série histórica, teve influência do salto recorde de 23,4% no transporte terrestre. Com estoques elevados por conta da paralisação, o setor produtivo pode ter contratado mais serviços de frete que o habitual, para dar conta de escoar o que ficou encalhado em maio.
"O cenário mais provável é que tenha sim em transportes algum tipo de devolução desse crescimento mais acentuado de junho na série ajustada sazonalmente", previu Lobo. "Tanto a parte de serviços deve devolver um pouco, quanto a parte de transporte de cargas também. A base de comparação está extremamente elevada para esse segmento", completou.
