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Estado de Minas

Brasil pode ser um dos principais afetados pela guerra comercial entre EUA e China

No começo da semana, a Casa Branca ameaçou adotar tarifas de 10% contra até US$ 400 bilhões em bens chineses se Pequim retaliar as medidas comerciais dos EUA


postado em 21/06/2018 15:42 / atualizado em 21/06/2018 16:50

(foto: AFP PHOTO/Ali BURAFI)
(foto: AFP PHOTO/Ali BURAFI)

O acirramento da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China aumenta a preocupação no mercado financeiro quanto a uma possível redução do crescimento global . Na mesma semana que o Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (FED) anunciou aumento dos juros nos EUA e o Banco Central Europeu determinou que em dezembro encerraria seu programa de compra de títulos – enxugando a liquidez global – uma possível guerra comercial entre EUA e China impacta os investimentos no mundiais.

O desacordo entre as duas principais economias do mundo, Estados Unidos e China, foi o suficiente para fazer com que o Shanghai Composite (principal índice acionário da China) fechasse em queda de 3,78%. Nos EUA, Dow Jones e S&P 500 também caíram na tarde dessa terça-feira. Pela Europa, o índice Stoxx 600 fechou com queda de 0,7%.

De acordo com o CEO da WM Manhattan, mesa proprietária que atua e ensina traders a investirem na bolsa de valores, Pedro Henrique Rabelo, Argentina e Turquia já elevaram suas taxas de juros a fim de tentar reter o avanço do dólar. No Brasil, o COPOM decidiu que a SELIC mantém a taxa de 6,5%. 

Segundo Pedro Henrique Rabelo, o Brasil pode ser um dos principais afetados, pois apesar da alta de 2,4% do IBOV nesta terça-feira, Vale e Gerdau fecharam no terreno negativo, acompanhando a queda do minério de ferro. “Tratam-se de duas empresas que precisam de boas projeções de crescimento mundial para alavancar seus ganhos. Não podemos nos esquecer que o período eleitoral à frente aumenta as  incertezas para as projeções de crescimento do Brasil e o apetite por risco do investidor externo”, explica. 

É preciso monitorar o tom da retórica e a escalada das tensões, pois Donald Trump está adotando um padrão mais rígido quando é preciso negociar assuntos internacionais e está cumprindo a promessa de renegociação da participação dos EUA em diversas organizações mundiais. De acordo com Pedro, “não podemos descartar que essa pressão midiática seja um pano de fundo para interesses maiores por parte dos EUA, como abrir espaço para empresas americanas no mercado financeiro chinês", por exemplo.


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