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Estado de Minas

Quase metade dos consumidores de BH estão com renda comprometida com pagamento de dívida

Levantamento mostra que 48,3% dos entrevistados ultrapassaram o limite prudente de 30% dos rendimentos com financiamento e parcelamentos


postado em 07/05/2018 16:29 / atualizado em 07/05/2018 18:07

(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)

Quase metade dos moradores de Belo Horizonte estão com mais de 30% de sua renda comprometido com dívidas. O percentual foi revelado nesta segunda-feira em pesquisa divulgada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH).

Segundo o levantamento, 48,3% ultrapassaram o limite considerado pelos especialistas como saudável para não correr riscos financeiros. Além disso, os homens foram os que mais deixaram de lado a prudência na hora de optar por financiamentos.

Foram entrevistadas 371 pessoas entre 09 e 27 de abril na capital e região metropolitana. A margem de erro é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%.

A pesquisa mostra ainda que 51,4% dos homens estão com a renda comprometida pelos financiamentos e compras a prazo. No caso das mulheres esse número cai para 45,5%. Outro dado trazido pelo levantamento é relacionamento a faixa de renda. Consumidores das classes A e B comprometem mais a renda sendo que 21,4% tem entrem 31% e 50% dos rendimentos sendo usados para isso.

Já as classes C e D o maior percentual de consumidores, 24,3%, está com até 15% do orçamento comprometido. A mesma situação também foi verificada na classe E, em que 34% está com o nível de endividamento menor que 15%.

Outro ponto interessante é que apenas 1,8% das classes A e B não têm nenhum tipo de financiamento. Esse percentual sobe para 9,3% nas classes Ce D e para 18,9% na classe E.

A faixa etária também foi considerada pela pesquisa da CDL-BH. Com esse critério os jovens entre 18 e 24 anos são os mais endividados (52,5%). Seguidos pelos jovens adultos – que tem entre 25 e 34 anos -, em que 52,2% deles excederam o patamar da prudência.

De acordo Ana Paula Bastos, economista da CDL-BH, o principal influenciador para que o consumidor deixe de ter prudência no momento de contrair dívidas é a instabilidade econômica.

“A crise fez com que as pessoas tivessem que recorrer a financiamentos e parcelamentos. Aliado a isso ainda existe a falta de planejamento. A pessoa faz a dívida, divida em parcelas, só que essa situação começa a comprometer muito a renda”, analisa.

Por outro lado, a economista da CDL afirma que ter divida também não significa necessariamente que a pessoa não tenha condições de pagar, por exemplo. Outro ponto destacado por Ana Paulo é que as dificuldades no emprego fizeram com que as dívidas tivessem aumento, mas levantamentos mostram que quitar débitos em atraso acaba sendo prioridade.

“As pessoas acabam dando prioridade para pagar as contas de subsistência delas como água, luz. Mas a tendência é que as pessoas que estão fora do mercado de trabalho, por exemplo, assim que retornam quitam as contas que estavam em atraso”, considera.


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