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Estado de Minas

Swap contribuiu para a alta da conta de juros em junho, diz Fernando Rocha


postado em 28/07/2017 13:13

Brasília, 28 - O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Fernando Rocha, afirmou nesta sexta-feira, 28, que a conta de juros em junho foi influenciada, por um lado, pela redução da Selic e da inflação e, por outro, pelos resultados obtidos pelo BC com sua posição em swaps cambiais.

De acordo com o BC, o gasto com o pagamento de juros da dívida pública somou R$ 31,511 bilhões em junho. Em junho de 2016, este valor havia sido de R$ 22,113 bilhões. Essa diferença ocorreu porque, no ano passado, a posição em swaps do BC era maior e, por isso, o efeito dos ganhos ou perdas com estes contratos também era mais efetivo na conta de juros. "No ano passado, houve ganho de R$ 22,7 bilhões com swap em junho", disse Rocha. Já em junho deste ano houve perda de R$ 500 milhões.

No caso da inflação e da Selic, que são dois importantes indexadores da dívida brasileira, a queda faz com que a despesa com juros também recuasse. No entanto, em junho isso não foi suficiente para tornar a despesa menor que a vista em no mesmo mês de 2016.

Meta

O chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC evitou opinar a respeito da possibilidade de cumprimento da meta fiscal pelo governo em 2017. Durante entrevista coletiva, limitou-se a dizer que "o governo está comprometido com o cumprimento da meta".

Rocha afirmou, porém, que em função da sazonalidade, a tendência é de resultados piores no segundo semestre do ano. O diretor lembrou ainda que a meta fiscal do governo é de um déficit menor este ano, na comparação com 2016. "E o governo vem acompanhando isso com lupa", ressaltou.

O déficit primário do setor público consolidado considerado pelo Banco Central é de R$ 143,1 bilhões para 2017, parâmetro que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Essa projeção leva em conta um rombo de R$ 139,0 bilhões para o Governo Central em 2017.

Nesta semana, porém, aumentaram as especulações em Brasília e no próprio mercado financeiro em torno da possibilidade de alteração da meta deste ano. Isso porque os resultados fiscais têm frustrado o governo, que está com margem apertada para cumprir a meta.

(Fabrício de Castro)


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