Conciliar uma profissão e a criação dos filhos parece ser o sonho de toda mãe. E cada vez mais elas estão mostrando que não é uma meta impossível. Uma boa alternativa para garantir mais tempo com as crianças e um dinheiro no bolso é o trabalho em casa – ainda que a “batalha” pareça mais difícil, em meio ao choro, panelas e demais afazeres domésticos. A dona de casa Natália Ferreira, de 32 anos, que o diga. Mãe de duas meninas, de 1 e 7 anos, há tempos ela vinha tentando encontrar uma atividade para os raros momentos de folga. Quatro meses depois de iniciar um negócio próprio, ela comemora a realização pessoal.
Ao fazer orçamentos para o aniversário de um ano da filha mais nova, Natália se deparou com uma oportunidade: fazer personalizados para festas infantis. Depois de muito pesquisar sobre o trabalho, investiu cerca de R$ 3 mil na compra de uma máquina de corte e uma impressora. “Não fazia nem ideia de como mexia nas máquinas. Aprendi a fazer tudo sozinha, vendo sites e vídeos no YouTube”, recorda. Para testar suas habilidades, fez toda a parte de enfeites e lembrancinhas da festa da filha. E ainda aproveitou que era janeiro e criou etiquetas para material escolar e ímãs de geladeira com o horário de aulas das crianças.
A partir daí, ela diz que não parou mais. E já perdeu as contas de quantas festas de crianças – e de adultos – já ajudou a decorar, ou de cadernos e livros que trazem na capa uma de suas etiquetas. Como conquistou a clientela? Na mesma internet a que recorreu para aprender a tarefa. A grande maioria veio da divulgação de seu trabalho nas redes sociais, como o Facebook e grupos de WhatsApp. Para dar conta de tanta encomenda, Natália diz que trabalha em torno de cinco horas por dia. A maior parte do tempo à noite. Mas dá para dar uma “adiantada” à tarde, no horário em que a caçula costuma tirar um cochilo e a mais velha está na escola.
TEMPO INTEGRAL Hoje, ela afirma que não sente falta do tempo em que trabalhava fora, como vendedora. Quando teve a primeira filha, aos 25 anos, ela até continuou no emprego, mas dois anos depois pediu para ser dispensada, para se dedicar à menina. “Parei de trabalhar porque não tinha mais com quem deixá-la. Com a chegada da minha segunda filha, vi que não daria para voltar ao mercado mesmo”, recorda.
Antes da nova atividade, ela começou a vender roupas usadas pela internet, mas confessa que não tinha o mesmo prazer. E graças ao grande número de encomendas, atualmente deixou o brechó de lado. Apenas quatro meses depois de divulgar o primeiro trabalho, Natália Ferreira diz que já ganha o suficiente para bancar o material necessário, entre papéis especiais e tinta – que, por sinal, não é barata –, e ainda lucrar uma parcela.
“O lucro ainda não é alto, mas estou apenas no começo”, reconhece. O segredo para chegar ao sucesso? Mais simples do que parece. “Disposição para começar, coragem para investir e escolher uma área com que a pessoa realmente se identifique”, ensina.
Serviço
facebook: natpersonaliza
Telefone: (31) 99164-1535